A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, nesta quarta-feira (2), o projeto que permite ao governo do estado vender dezenas de imóveis – o único voto contrário foi do petista Péricles de Mello. Das 62 áreas da proposta original, os deputados mantiveram 57 delas para serem colocadas à venda. Como tramita em regime de urgência, o projeto deve ser votado em plenário já na semana que vem.
NO MAPA: Veja a lista completa dos 62 imóveis que o governo quer vender
Antes da votação na CCJ, o próprio Executivo havia retirado da lista uma casa em Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está instalado o único abrigo temporário para menores em situação de risco da cidade. Reformada há menos de um ano pela prefeitura local, a casa está avaliada em R$ 178 mil e conta com dois quartos para abrigar as crianças e um para funcionários.
Já o relator da proposta e líder do governo na Casa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), excluiu da listagem quatro terrenos atualmente utilizados pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) − três em Curitiba e um em Paranaguá.
A pedido do peemedebista, o Executivo ainda eliminou uma tabela anexada equivocadamente ao corpo do projeto. Nela, havia uma lista de dez imóveis que fizeram parte do estudo preliminar da Secretaria da Administração para avaliar quais áreas serão colocadas à venda. Entre elas estava a Granja do Canguiri, residência oficial do governador Beto Richa (PSDB). Esses imóveis não estavam incluídos entre os 62 iniciais que o governo pretendia negociar, mas foram retirados do texto para evitar polêmica.
Com essas negociações, o Executivo estadual pretende arrecadar R$ 100 milhões no ano que vem. A justificativa é que as áreas atualmente não têm destinação específica e consomem recursos públicos que poderiam estar sendo empregados na melhoria da qualidade de vida dos paranaenses.