A comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar a suspeita de irregularidades nos contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshor deve começar a trabalhar no dia 2 de abril. As bancadas têm até a próxima semana para indicar seus representantes. Ficou definido que a comissão terá oito integrantes, fora o coordenador. Ainda faltam as indicações de PT e PSD, além da definição da terceira vaga dos oposicionistas. O coordenador dos trabalhos será o terceiro-secretário Maurício Quintella (PR-AL).
O PMDB, partido que comandou a rebelião na base aliada que aprovou a criação da comissão, indicou o deputado Lúcio Vieira Lima (BA). O PR apresentou o nome do deputado Anthony Garotinho (RJ) que já protagonizou embates com o governo. O deputado Mario Negromonte (BA) foi a opção do PP. Ele é ex-ministro do governo Dilma Rousseff e foi demitido em meio à faxina no começo da gestão da petista que derrubou ministros envolvidos em escândalos.Entre as três nomes da oposição, os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e deputado Onyx Lorenzoni (RS) conquistaram vagas. O PSB e Solidariedade disputam a outra cadeira.
A comissão externa foi criada para acompanhar o caso da empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas a companhias de petróleo e que é suspeita de ter pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil.
A Folha de S.Paullo revelou na semana passada que a Polícia Federal decidiu investigar as suspeitas de que funcionários da Petrobras receberam propina da fornecedora holandesa.
O plano de trabalho ainda será discutido ao longo da próxima semana e deve ser finalizado até a instalação da comissão. A ideia da oposição é começar os trabalhos tentando reunir informações junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ao Ministério Público Federal para depois realizar viagens à Holanda e aos Estados Unidos.
A comissão terá um custo para a Câmara, mas ainda não foi calculado. Quando houver as viagens, o Congresso vai pagar passagens e hospedagens, além de uma diária de US$ 428.
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