A Comissão da Verdade, instalada nesta quarta-feira (16) pela presidente Dilma Rousseff, definiu em sua primeira reunião que terá encontros quinzenais em Brasília e poderá ainda realizar sessões extraordinárias em diferentes partes do Brasil, de acordo com o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, integrante do grupo.
Os sete integrantes se reuniram na tarde desta quarta com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O encontro foi para tratar da estrutura física e administrativa com que a comissão trabalhará.
Dipp fez questão de frisar que o trabalho e as decisões do grupo serão independentes do governo e que os integrantes não receberam qualquer tipo de aconselhamento do Planalto.
"Esta é uma comissão de Estado, não de governo", enfatizou Dipp a jornalistas, ao sair da reunião no Palácio do Planalto.
A comissão terá uma sala no Centro Cutural Banco do Brasil (CCBB), onde funcionou a transição de governo no final de 2010 e onde a Presidência ficou instalada durante a reforma do Planalto.
Dipp informou que o primeiro encontro para tratar dos focos das investigações será na próxima segunda-feira (21).
Ele voltou a falar que a comissão tratará de todas as violações de direitos humanos realizadas no período estabelecido -de 1946 a 1988- e que não há divergência entre os integrantes sobre investigar apenas crimes cometidos por agentes de Estado.
- Para Lula, Comissão da Verdade reforça democracia
- Comissão da Verdade abre portas à conciliação, diz FHC
- Para Dilma, Comissão da Verdade é transparência
- Em cerimônia no Planalto, Dilma assina instalação da Comissão da Verdade
- Comissão da Verdade deve se limitar a investigar agentes públicos, diz membro
Deixe sua opinião