A Comissão de Ética Pública decidiu, nesta segunda-feira (7), abrir processo ético contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para apurar as denúncias de irregularidades nos convênios da pasta com organizações não-governamentais (ONG). A conselheira Marília Muricy será a relatora do processo e agora vai pedir explicações ao ministro.

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"Foram instaurados dois processos. Um contra o ministro Lupi, com relação às publicações deste fim de semana, e outro contra Marcus Vinicius Neder, ex-auditor da Receita Federal que, segundo a revista Época, teria logo em seguida partido para o exercício profissional da advocacia junto à Receita", disse o presidente da Comissão de Ética, Sepúlveda Pertence.

A Polícia Federal investiga uma série de fraudes cometidas por ONGs financiadas com recursos do Ministério do Trabalho, sob o comando do PDT desde 2007.

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"Lupi, são essas notícias publicadas. (A relatora) agora vai ouvir o ministro. Instauramos o procedimento preliminar, em que se pede informações à autoridade, sem entrar em nenhum juízo preliminar, há ali denúncias de recebimento de propina. É preciso colher as informações da autoridade, se caberá apurar as acusações feitas", afirmou Sepúlveda.

A Comissão de Ética também aprovou censura ética contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, no caso que envolve o aluguel do apartamento em que ele morava em São Paulo.

A comissão ainda aguarda informações complementares nos processos contra o ex-ministro do Esporte Orlando Silva e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi. Provavelmente, esses dois processos serão analisados no próximo dia 30 de novembro.