• Carregando...
Embaixador José Luiz Machado e Costa (à dir.): indicado para posto na OEA com a aprovação do Senado. | Marcos Oliveira/Agência Senado
Embaixador José Luiz Machado e Costa (à dir.): indicado para posto na OEA com a aprovação do Senado.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Depois de o Senado rejeitar em maio a indicação do nome de Guilherme Patriota para ser o representante permanente do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE) aprovou nesta quinta-feira (9), por 13 votos a 1, o nome do embaixador José Luiz Machado e Costa para ocupar o posto na OEA. Em 19 de maio, o nome de Patriota foi rejeitado dentro da briga entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o Palácio do Planalto em torno da nomeação do jurista Luiz Edson Fachin como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A CRE também aprovou o nome do embaixador Rodrigo Lima Baena para a Embaixada do Brasil em Moçambique. Mas a sabatina dos embaixadores na CRE virou palco para a oposição (PSDB e DEM) criticar a indicação de Ideli Salvatti para assessora do novo secretário-geral da OEA, o uruguaio Luís Almagro.

A CRE estava lotada de senadores do PSDB por causa da sabatina de Baena, que foi porta-voz do governo Fernando Henrique e ainda embaixador no Uruguai. Os tucanos também elogiaram muito Machado e Costa, indicado para a OEA. Mas aproveitaram para atacar a indicação de Dilma para que a ex-ministra Ideli ocupe o cargo de secretária de Acesso e Equidade da OEA.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) fez o ataque mais contundente à postura de Dilma de indicar o embaixador para o cargo oficial e Ideli para outro cargo mais político. “Há algo que não entendei. Gostaria de saber se a indicação da ex-senadora Ideli é apenas um arranjo político, um toma-lá-dá-cá (depois que ela deixou o governo). Ela é tão preparada para ser de um órgão de debate técnico como se eu fosse indicado para a Nasa”, disse Tasso Jereissati.

Na mesma linha, o presidente nacional do DEM, José Agriipino Maia (RN), adotou um tom irônico, lembrando que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, acaba disputando espaço como ministro de Relações Exteriores do Brasil, desde o início do governo Lula. “Espero que a Ideli não vá querer ser o seu Marco Aurélio Garcia”, disse Agripino, afirmando que o Senado e o Congresso dariam apoio ao indicado oficial, que era o embaixador Machado e Costa.

O diplomata foi embaixador do Brasil no Haiti e teve sua atuação elogiada pelos tucanos. Ao ser questionado sobre a ministra Ideli, o embaixador foi diplomático. “Considero que ter uma funcionária brasileira na posição de destaque é sempre positivo. A representação brasileira hoje na OEA é muito baixa, igual ao do Uruguai e muito menor do que a de Argentina, Colômbia e México. E ter funcionários de alto nivel na OEA é sempre muito positivo”, afirmou Machado e Costa.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), defendeu Ideli. “Foi um pedido do novo secretário-geral da OEA, e a ministra Ideli teve contato com estes temas quando foi da Sectretaria de Direitos Humanos”, ressaltou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]