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Ideli Salvatti: ministra já enviou esclarecimentos | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Ideli Salvatti: ministra já enviou esclarecimentos| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

A Comissão de Ética Pública da Presidência acolheu representação do PSDB e decidiu abrir ontem um procedimento preliminar para apurar a conduta da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca, comandado pela petista por cinco meses no ano passado. A empresa Intech Boating, fabricante do material, contribuiu com R$ 150 mil para a campanha do PT, em Santa Catarina, nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado. Em março deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidade na compra das lanchas. De acordo com a assessoria da ministra, no entanto, o tribunal atesta que ela não consta como responsável pelo processo que está sendo questionado.

O conselheiro Américo Lacombe foi escolhido para analisar as explicações de Ideli sobre a compra. A ministra mandou esclarecimentos à comissão espontaneamente. "O processo relativo à ministra Ideli está nessa fase preliminar, não acolhemos nada, nem começamos a investigar coisa nenhuma. O relator está examinando e provavelmente na próxima reunião se terá essa decisão liminar de abrir ou não processo. A denúncia está recebida", afirmou o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence. A próxima reunião da comissão está marcada para 14 de maio.

A resolução 10, de 29 de setembro de 2008, diz que o procedimento preliminar compreende juízo de admissibilidade, relatório, incluindo diligência, e decisão preliminar determinando o arquivamento ou a conversão em processo de apuração ética.

Pimentel

A comissão também decidiu pedir mais informações ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre os negócios de sua empresa de consultoria. "O ministro apresentou no prazo os esclarecimentos, mas o relator pediu informações complementares", disse Pertence.

Os conselheiros aplicaram ainda censura ética ao ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, por conta de suas declarações que não cumpriria a "quarentena", enquanto aguardava a volta à iniciativa privada após deixar o serviço público. A censura ética é uma espécie de mancha no currículo e é aplicada a ex-membros do governo.

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