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O Senado criou, ao longo dos anos, um sistema de beneficiamento financeiro de servidores, indicando-os para comissões especiais, com gratificações, para tratar dos mais variados temas, mas acabam se perpetuando. É o que mostra reportagem na edição desta sexta-feira (19) do jornal O Globo. O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia se valeu até de portaria que deveria estar extinta desde 2002 para nomear, em 2008, servidores para comissões.

Agaciel transformou em permanentes comissões especiais beneficiando a si e a parentes de senadores. Além disso, é corrente a prática de nomeações retroativas - há exemplos de funcionários que receberam até oito meses retroativos da gratificação, de cerca de R$ 2,3 mil.

Essa máquina de gratificações a funcionários, concursados ou não, é um dos mistérios do Senado. O número dos que recebem esse extra e o total gasto não são informados pela Casa, que, por ano, gasta mais de R$ 2,3 bilhões com pessoal.

A alegação informal do Senado - a reportagem solicitou entrevistas e explicações da Diretoria Geral, mas não foi atendida - é que os atos são retroativos porque, na maioria das vezes, a pessoa já trabalha numa comissão e não recebe gratificação.

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