Na próxima semana, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a compra irregular de ambulâncias com recursos públicos (CPI dos Sanguessugas) vai enviar uma comitiva a Cuiabá para ouvir os acusados de envolvimento no esquema.

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Os parlamentares devem ouvir na segunda-feira a ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, e na terça, Darci Vedoin, dono da Planan e seu filho Luis Antonio Trevisan.

Participam da comitiva o presidente da comissão, o deputado Antonio Carlos Biscais (PT-RJ), o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), os senadores Sibá Machado (PT-AC) e Heloísa Helena (Psol-AL), e os deputados Fernando Gaberia (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

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Ontem (4), a comissão ouviu os primeiros depoimentos: do procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, e do delegado da Polícia Federal, Tardelli Boaventura. Os dois foram os primeiros a investigar a venda de ambulâncias superfaturadas com recursos públicos.

O esquema foi montado no Mato Grosso, onde mora Darci José Vedoin, dono da Planan, apontado como um dos líderes. O grupo fraudava as licitações e influenciava a liberação de emendas parlamentares.

A fraude foi descoberta por uma operação desencadeada pela Polícia Federal, que abriu mais de 140 inquéritos sobre 76 municípios, envolvendo mais de mil ambulâncias, que custavam em média R$ 100 mil. O grupo tinha integrantes que atuavam em prefeituras, no Ministério da Saúde e dentro do Congresso Nacional.

O relatório da Justiça Federal que foi enviado ao Congresso citava o nome de 65 parlamentares, sendo um senador, 62 deputados, o ex-deputado Rovinon Santiago e um suplente. Nenhum envolvimento havia sido comprovado pelas investigações anteriormente.

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