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Formação política

Padrinho

O primeiro contato com Orlando Pessuti ocorreu enquanto o ex-governador era extencionista rural da Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) na região de Ivaiporã e cuidava dos animais da fazenda da família de Souza. "Ele era o veterinário da família." Desde então, as famílias sempre tiveram uma ligação muito próxima. "Pessuti é o meu padrinho político. Aprendi a fazer política com ele. Faz 19 anos que convivo com ele. Tenho muito do jeito do Pessuti de fazer política, com mais contato, mais amizade, visita, receber e conversar com as pessoas."

Candidatura

A decisão de que Pessuti não seria candidato a governador nas eleições de 2010 para compor um palanque forte para a candidatura de Osmar Dias (PDT) permitiu ao ex-governador indicar o suplente de Gleisi. O primeiro nome foi o do ex-deputado Renato Adur (PMDB), que não aceitou. A segunda indicação foi a do ex-deputado e ex-diretor da Emater Sabino Campos. E, na sequência, o também ex-deputado estadual Antonio Anibeli. Ambos não aceitaram. O convite para Souza ser o suplente aconteceu no dia do jogo do Brasil contra Holanda na Copa do Mundo da África do Sul, do ano passado. "Eu estava em casa com a minha família e, de repente, alguns amigos me ligaram dizendo que deveria ser o suplente. Pessuti ligou e convidou", diz.

Pré-posse

Gabinete

Souza ainda não decidiu como será a composição do seu gabinete em Brasília, a partir de terça-feria. Ele aguarda a definição de quais profissionais serão aproveitados por Gleisi na Casa Civil. "Ela pediu uns dias para ver como vai compor a sua equipe", diz. Quem não for aproveitado no ministério será mantido no gabinete. "Ela tem uma excelente equipe que eu pretendo manter. Se não toda, boa parte dela. Tem um ou dois nomes apenas que eu tenho pensado em levar daqui [de Curitiba]", complementa. Além disso, ele planeja montar um escritório político na capital paranaense.

Preparo

A falta de experiência vai fazer com Souza seja mais cauteloso nos primeiros meses no Senado. "Eu pretendo conhecer o Senado primeiro. Eu vou estudar com calma o regimento, conversar com a minha assessoria", conta. Souza assume que dificilmente terá mesma desenvoltura de Gleisi. Mas, afirma que será ativo.

Projetos

Souza desembarca sem projeto em Brasília. Ele diz ter algumas ideias e pré-projetos. "Mas nada precipitado. Primeiro tem que ter calma", diz. O futuro senador faz questão de destacar que os candidatos eleitos em outubro tiveram 90 dias para se preparar até a posse em fevereiro. "Eu só tive dois dias desde a notícia. Não quero fazer nada precipitado." A intenção é dar continuidade aos projetos de Gleisi.

Em plenário

Temas polêmicos

Entre os assuntos de maior relevância em discussão no Senado, Souza diz que precisa estudar para emitir uma opinião um pouco mais clara. No caso da reforma política, ele afirma estar preparado para discutir alguns assuntos, mas diz que não gostaria de adiantá-los agora. "Preciso discutir com os líderes do governo e do partido". Já em relação ao Código Florestal, Souza faz questão de afirmar que "agricultor não é bandido". "Esse é um ponto que tem que ficar muito bem claro", mostrando claramente a sua posição a favor dos ruralistas.

Requião

Questionado de como será seu relacionamento com os senadores Roberto Requião (PMDB) – que rompeu com Orlando Pessuti após sua saída do governo do estado – e Alvaro Dias (PSDB) – opositor do governo –, Souza espera que seja uma relação de colegas. Ele vai sentar na cadeira de Gleisi, entre os dois senadores. "Vou tratá-lo [Requião] com muito respeito, muita ética que o cargo exige. E, espero que ele me trate da mesma forma", diz.

Governo

Sobre a possibilidade de votar contra o governo mesmo fazendo parte da base aliada, Souza diz que ainda não pensou no assunto. Mas reforça que pode vir a acontecer, caso algum projeto, na sua avaliação, interfira nos seus princípios. "Eu gostaria de não votar [contra o governo] em nenhum momento", diz. "Mas, lógico, se tiver alguma coisa contra o princípio ético, eu terei que pensar."

Baixo clero

Apesar da falta de histórico político, Souza não teme fazer parte do chamado baixo clero do Senado. "Eu me sinto preparado para atividade. Serei o político com menor experiência, mas não tenho receio contra isso."

Futuro

Sobre o seu futuro político, Souza prefere não pensar no momento. "Eu não sei o que vai ser daqui a três anos quando tiver outras eleições para governador e senador, mas pretendo ter uma carreira política", afirma. O objetivo atual é exercer na plenitude o mandato de senador.

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