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Três dias após a Aeronáutica anunciar nove medidas para ajudar a amenizar o caos aéreo vivido pelos principais aeroportos do país, representantes de companhias aéreas, da Agência Nacional de Avião Civil (Anac) e Infraero estiveram na tarde desta segunda-feira (25) reunidos com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para discutir a pauta da reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), que deve acontecer na segunda quinzena de julho. Segundo a diretora da Anac, Denise Bueno, a redistribuição de vôos nos terminais de São Paulo está entre as principais medidas a serem tomadas pelo Governo.

Denise Bueno diz que a transferência de vôos de Congonhas para Guarulhos, de Guarulhos para Congonhas e de Congonhas para Viracopos (Campinas) seria importante para desafogar grande parte da malha aérea. Outra proposta, segundo Denise Bueno, seria transformar o aeroporto de Ribeirão Preto em exclusivo para cargas. "É possível que com essas medidas, o impacto seja positivo em toda a malha aérea em pouco tempo", disse.

Outra proposta é aumentar a capacidade do aeroporto do Campo de Marte, zona norte de São Paulo, para atender a aviação geral e executiva.

Durante quase duas horas, os representantes apresentaram algumas sugestões, como a elaboração de uma nova Lei Geral da Aviação Civil, de um novo Plano Aeroviário Nacional, a criação de um planejamento dos acessos aos aeroportos, o fortalecimento da aviação regional e a recuperação do mercado internacional.

Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Mollo, o problema da crise no setor aéreo seria amenizado se houvesse investimento na infra-estrutura do setor. Na opinião dele, os aeroportos brasileiros não estão preparados, no momento, para receber mais 32 aeronaves que foram compradas pelas companhias aéreas. Segundo ele, 65 aviões devem ser comprados até 2010. "Nossos problemas hoje são, basicamente, falta de infra-estrutura e falta de controle aéreo", afirmou.

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Para a presidente do Sindicato Nacional do Sindicato dos Aeronautas, Graziella Baccio, as medidas anunciadas pela Aeronáutica não vão resolver o problema dos controladores de vôo. Na opinião dela, é preciso que se intensifique a fiscalização e a regulamentação da categoria. "São medidas que resolverão os problemas a curto prazo. Todos sabemos que temos problemas de salário e de pessoal", disse.

Sobre o afastamento de 14 controladores de vôos por parte da Aeronáutica, na última sexta-feira (22), a presidente do sindicato acredita que "faltou diálogo e sensibilidade por parte dos agentes".

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