Os candidatos Gustavo Fruet (PDT) e Rafael Greca (PMN) abriram, nesta segunda-feira (12), a série de debates realizada pela Gazeta do Povo com os candidatos à prefeitura de Curitiba. No embate, os candidatos concentraram esforços, principalmente, em assuntos relacionados à saúde, educação, assistência social, mobilidade e finanças públicas.
Nos ataques, enquanto Greca criticou duramente a gestão de Fruet, o atual prefeito apontou incoerências na aliança política de Greca com o governador Beto Richa (PSDB). Rafael Greca, que já evitou aparecer ao lado de Richa nessa campanha, rebateu a argumentação de Fruet. Ele disse que não é apoiado por Beto Richa ou Luciano Ducci (PSB), mas sim pelos partidos a que os dois pertencem. Greca ainda ironizou as afirmações do atual prefeito e sugeriu que Fruet enfrentasse Richa diretamente no debate na próxima eleição para o governo do Estado.
Durante o debate, Greca criticou diversos aspectos da atual gestão. “A sua gestão já aconteceu e a sua gestão não deu certo”, disse a Gustavo Fruet. Em resposta, o atual prefeito afirmou que “ao contrário da gestão do Rafael”, sua administração tem responsabilidade. Fruet acusou Greca de aumentar a dívida da cidade e de não ter deixado dinheiro para o pagamento de servidores. Rafael Greca defendeu-se argumentando que, naquele momento, a regra era outra e que todas as suas contas enquanto prefeito foram devidamente aprovadas.
Comparações
A comparação entre duas Curitibas distintas – a da gestão Greca nos anos 1990, e atual administração de Fruet – esteve presente em todo debate. Na visão de Fruet, seu oponente falava como quem ainda está na década de 1990. Já para Rafael Greca, Gustavo Fruet não consegue olhar para frente. “Você fica falando sempre que é o futuro, mas só fica olhando para o retrovisor”, afirmou.
Na comparação entre as gestões, os candidatos também enumeraram os prêmios que a cidade recebeu durante as respectivas administrações. Enquanto Greca referiu-se, mais de uma vez, ao Prêmio Mundial do Habitat, recebido por Curitiba em 1996. Fruet lançou mão – também repetidamente – do prêmio de Melhor Cidade do Brasil, recebido por Curitiba em 2015 em um ranking elaborado pela consultoria Austin Ratings.
Modelo do debate
O debate desta segunda-feira (12) foi a estreia de um modelo inédito de debates políticos, sem as amarras da televisão, os candidatos debateram sem mediação e sem perguntas externas. Greca e Fruet avaliaram positivamente o formato.
“Eu achei bom, saio satisfeito”, disse o candidato Rafael Greca. Gustavo Fruet afirmou que o modelo é também um aprendizado para os próprios candidatos. “O formato permite mais exposição, mais o confronto. Saí animado, espero que haja outros deste perfil”, disse.
Eu quero ser prefeito porque ampliamos o equilíbrio da cidade e [temos] condições agora de dar um novo salto em três grandes áreas: infraestrutura; na área de cidades inteligentes e na área humana
Você tenta estabelecer um debate maldoso e omite da sua trajetória o que não deu certo
O candidato Rafael Greca está desatualizado, está pensando como se fosse na década de 90
Nesta gestão atuei com responsabilidade, nesta gestão atuei com diálogo, com transparência, nota 10 do Ministério Público Federal
Mais da metade da população que está na rua não é de Curitiba e vem para Curitiba por diferentes razões, mas também por falta de uma ação, de uma estrutura, em outras regiões do Paraná
O serviço social [da gestão Fruet] não deu certo. Os desvalidos se amontoam nas marquises por toda a cidade
Eu quero oferecer inovação e amor, eu quero reabrir os berçários, requalificar os serviços, erguer a prefeitura e iluminar a cidade acendendo a luz mais forte que Curitiba possui que é luz da qualidade de vida
Essa questão de Beto Richa e Luciano Ducci, os partidos deles vieram me apoiar. Se você quer debater com eles, eles me disseram, tanto um quanto outro, que aceitam o debate
Eu tenho uma ideia para a saúde: marcar as consultas por aplicativo. A pessoa para de ficar na filha de madrugada e marca a consulta por aplicativo
Você não conseguiu o metrô, fez uma aposta na aliança com o PT porque tinha esperança que o seu governo desse certo, mas a sua prefeitura não deu certo
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