Comparsa de Champinha é condenado

Às 18h50, a assistente de acusação da família de Felippe Caffé, Andra Zuppo Franco, deixou o tribunal e informou à família que Marques havia sido condenado, mas ainda não foi lida a sentença em plenário. A advogada e mãe de Felipe se abraçaram e choraram muito na frente da Câmara Municipal de Embu-Guaçu, onde o julgamento ocorre desde quarta-feira (7).

"Eu estava vivendo com dois pesadelos, agora passo a viver somente com um que é continuar vivendo com a morte do meu filho", disse a mãe de Felipe Caffé. Ainda sem saber qual a pena que o réu vai receber, ela reafirmou que espera que ele receba a pena máxima. Marques foi último acusado a ser julgado pelo seqüestro e morte dos jovens Liana Friedenbach e Felipe Caffé, crime ocorrido há quatro anos, na região de Embu-Guaçu (na Grande São Paulo).

A nova versão apresentada pelo réu Paulo César da Silva Marques, que negou, nesta quarta-feira (7), primeiro dia do julgamento, ter cometido o crime, não convenceu os jurados que votaram a favor de sua condenação. Ele já havia admitido à Justiça, na primeira fase do processo, ter assassinado Felipe Caffé.

"Pernambuco" foi acusado de homicídio duplamente qualificado contra Felipe e triplamente qualificado contra Liana, além de ter cometido os crimes de estupro, seqüestro e cárcere privado. O crime ocorreu há quatro anos em um acampamento na região de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. O júri é composto por quatro mulheres e dois homens.

Durante a manhã e a tarde foram realizados os debates no qual acusação e defesa apresentam seus argumentos para o júri. No total, cinco pessoas são acusadas de participação no seqüestro e no assassinato de Liana e Felipe. Pernambuco é o quarto a ser julgado. O quinto envolvido é conhecido como "Champinha". Ele era menor de idade, na época, e está internado em uma unidade da Fundação Casa. Três deles já foram condenados em julho do ano passado. As penas, somadas, chegam a 169 anos de prisão.