Com o fim das férias do juiz Sergio Moro e a retomada das audiências na Justiça Federal de Curitiba, a Operação Lava Jato retomou na quarta-feira (20) o ritmo normal de trabalho. E a investigação ainda está longe de chegar ao fim, de acordo com integrantes da força-tarefa formada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF). O foco continuará sendo a Petrobras, já que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) fatiou em 2015 as investigações que não envolvem a estatal.
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A área de comunicação da Petrobras deve ser uma das novidades na investigação. Segundo auditorias internas realizadas pela própria estatal, esse setor teve casos de irregularidades envolvendo servidores.
INFOGRÁFICO: Um resumo da Lava Jato
Também está prevista para este ano a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) do crime de cartel cometido por diversas empreiteiras em obras da Petrobras. Até agora, o cartel não foi alvo de uma ação específica.
A grande aposta dos investigadores, porém, ao menos por enquanto é a Diretoria Internacional da estatal. Os depoimentos de colaboração premiada do ex-diretor da área Nestor Cerveró devem contribuir para que a força-tarefa chegue a mais contratos irregulares na diretoria.
A expectativa é de que Cerveró também esclareça a polêmica compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, que trouxe prejuízo à Petrobras. Os depoimentos do lobista Fernando “Baiano” Soares também devem contribuir nesse ponto das investigações.
As investigações da Lava Jato também devem avançar para outros órgãos, tais como a Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde e Ministério do Planejamento, BNDES e os fundos de pensão.
Agenda intensa
O juiz Sergio Moro voltou ao trabalho com uma agenda intensa. Além de ouvir até 29 de janeiro os depoimentos de 15 réus da Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato, deve decidir nos próximos dias se aceita ou não a nova denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta semana contra o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
Além disso, entram na fase de alegações finais os processos dos executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht, além da ação contra ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada. Após isso, Moro já pode proferir a sentença.
Pelo menos outros quatro processos aguardam a sentença de Moro, que pode sair antes do carnaval. Entre eles estão o do núcleo de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Carlos Habib Chater e dois referentes ao núcleo comandado pelo doleiro Raul Srour. O processo contra o ex-deputado André Vargas, em que o ex-parlamentar é acusado de lavagem de dinheiro, também aguarda sentença do juiz..
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