Os sete condenados no processo do mensalão que se apresentaram na sexta-feira (15) na Superintendência da Policia Federal de Belo Horizonte deverão deixar a capital mineira na tarde deste sábado (16) em direção a Brasília, onde ficarão presos.
A informação é dos advogados de alguns dos réus, que estiveram nesta manhã na sede da PF. A Polícia Federal não confirmou oficialmente a informação, mas alguns agentes falaram informalmente sobre essa possibilidade.
Os sete presos em BH são Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz, Simone Vasconcelos, Romeu Queiroz, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach e José Roberto Salgado.
Antes de embarcarem no aeroporto da Pampulha em avião da PF, os presos mineiros passarão pelo IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo de delito. Esse procedimento é um padrão adotado pela PF, mesmo estando os presos acompanhados por seus advogados no momento das apresentações.
Reencontro
Separado desde que o mensalão foi denunciado à Justiça, o núcleo publicitário do esquema voltou a se encontrar sete anos depois, desta vez na cela de triagem da Polícia Federal em Belo Horizonte.
O operador do mensalão, Marcos Valério, e seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach se reencontraram na PF e se juntaram à ex-diretora financeira da SMPB, a agência de publicidade que pertencia a eles e cuja contabilidade e CNPJ serviu ao esquema do PT.
Também se reencontraram na carceragem da PF a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado, ex-vice-presidente da instituição financeira, liquidada pelo Banco Central em agosto passado.
Além deles, se apresentou para cumprir a pena o ex-deputado Romeu Queiroz, que na época da descoberta do esquema, em 2005, presidia o PTB-MG.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura