O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (1º) que a 16ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP 16), que teve início nesta segunda-feira (29), em Cancún, no México, "não vai dar nada".
Segundo Lula, "agora, a COP 16, no México, não vai dar nada, não vai nenhuma grande liderança, no máximo os ministros de meio ambiente, então, não vai haver um avanço, uma pactuação".
O presidente Lula participou na manhã desta quarta-feira, em Brasília, de cerimônia de assinatura do decreto que institui o Macrozoneamento Econômico-Ecológico da Amazônia Legal.
As expectativas em relação à COP 16 são bem mais modestas que as depositadas sobre a última edição, realizada no ano passado, em Copenhague, na Dinamarca. "Na COP 15 estava tudo acertado para que a gente fizesse um acordo fantástico lá em Copenhague", disse o presidente Lula, em relação ao fracasso da conferência. A expectativa é que não seja feito na COP 16 um amplo acordo global de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa.
Lula afirmou que independente do resultado das conferências sobre o clima, é dever do Brasil cumprir as metas de preservação ambiental. "O importante é que o compromisso que nós assumimos aqui no Brasil nós estamos cumprindo e não precisamos de favor para cumprir, nós vamos cumprir porque é nossa obrigação", disse.
Lula afirmou ainda que a presidente eleita Dilma Rousseff receberá um país mais preservado. "Fico feliz porque vamos entregar um Brasil mais preservado para a presidente Dilma".
Negociação
Para o Brasil, que detém a maior floresta tropical do planeta, interessa que avance, durante a COP 16, a discussão sobre a redução de emissões por desmatamento e degradação (o chamado REDD). Esse sistema permitirá que os países ricos compensem suas emissões de gases-estufa pagando aos países em desenvolvimento para que conservem suas matas.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu recentemente que o país tenha um papel de "facilitador e agregador'' na conferência. "O Brasil está fazendo o dever de casa. Isso nos dá condições políticas de cobrar [dos demais países] resultados e credenciamento político para recepcionarmos as divergências e estimularmos uma convergência'', disse a jornalistas na última sexta (26).
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