Campanha

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Já apareci com 1% de intenção de votos em dois momentos, um em pesquisa do Vox Populi e outro no Datafolha (Na última rodada do Ibope-RPC-Gazeta do Povo o candidato não pontuou). Fui o sexto mais votado para deputado federal em 2006, com 62 mil votos, mais que muita campanha milionária. Não fui eleito por conta da contingência eleitoral. Estou contente, mas acho que tenho de acertar mais nas coligações. Meu problema não foi de densidade eleitoral, mas de acertar melhor a coligação. Sempre fiz boa quantidade de votos em Curitiba, não faço previsões mas imagino que vá fazer uma boa votação. Estou fazendo campanha e tendo uma boa receptividade, espero ver isso no final, no dia 5 de outubro.

PCdoB

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O PCdoB teve um salto qualitativo e quantitativo em Curitiba, tem ganhado espaço na cidade. Tem partido grande que tem menos representatividade em Curitiba que o PCdoB. (O lançamento de candidatura própria à prefeitura) não é uma aventura. Acho que vou longe nessa eleição e pretendemos fazer três vereadores. O PCdoB não está tateando. Nossa intenção não é puramente eleger representantes, mas discutir de forma responsável. Sou independente em minha candidatura (respondendo à pergunta se esperava apoio de Lula ou Requião, pelo fato de tê-los apoiado nas últimas eleições, em 2006). Não existe adesismo ao PT, o PCdoB não é um partido auxiliar do PT. Tanto que temos candidatos em várias capitais. Em Porto Alegre-RS, a Manuela (Dávila) está disputando a ida para o segundo turno, em Florianópolis - SC a Angela Abino, no Rio de Janeiro – RJ, a Jandira (Feghali) está emterceiro, em Belo Horizonte – MG temos a Jô Moraes. Quanto à ideologia, isso não tem nada a ver com a disputa à prefietura de Curitiba, não é? Mas podemos falar sobre isso. O PCdoB é um partido moderno, que defende a democracia, a liberdade de imprensa, é um partido ético.

Equipe

Se eu vencer, chamarei os melhores quadros da cidade para formar um primeiro escalão de nível altíssimo. Um dos que não poderiam ficar de fora é o Eron Arzua, que chamaria, mas não sei se viria, porque está no governo do Estado.

Oposição

(A falta de oposição à atual administração) foi sistemática na Câmara de Vereadores de Curitiba. A candidata do PT (Gleisi Hoffmann) mesmo disse isso. O partido está satisfeito com a atuação do Luizão (Stelfeld, vereador e candidato pelo PCdoB, cuja atuação foi questionada por sempre fechar com a situação, apesar de o PCdoB ser um dos partidos que, teoricamente, seriam de oposição). Tanto que ele deve se reeleger e ampliar o número de votos. O PCdoB sempre foi independente. Se os partidos de maior influência e mais representatividade na Câmara, como o pT, não fez oposição, não seria de se esperar que isso partisse do PCdoB. Disse desde o começo que não estava saido como candidato para me opor simplesmente, ou para apoiar alguém, mas sim para debater os problemas com conteúdo. De alguém esperava que fosse por um outro lado se decepcionou. Minha candidatura é independente. Se ao final do dia 5 os índices comprovarem (a aprovação de Beto), paciência. Mas essa aprovação tem co-responsabilidade da oposição, o resultado está aí, ele é eloqüente e se deve ao estilo de oposição que tem sido feito em Curitiba.

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Gestão Beto Richa

Não vou dar nota à atual administração. Mas o prefeito faz o emergente e não o importante, que é pensar e planejar o futuro da cidade. Quais foram as novidade em Curitiba? A cidade tem um orçamento significativo e tem diminuido o passivo ao longo dos anos. Os prefeitos de Curitiba sempre são bem avaliados. Mas falta muito a ser feito. Na saúde e na educação, por exemplo, temos bons serviços, mas isso não é merito do Beto, porque Curitiba sempre teve bons históricos, mas os índices pioraram nos últimos anos. A atual gestão teve dois pontos positivos: a articulação política feita pelo Euclides Scalco e a atuação da Fernanda Richa para congregar as outras secretarias para o desenvolvimento de políticas sociais.

Lixo

Tem que se ter coragem para resolver o problema do lixo em Curitiba, cabe ao prefeito de Curitiba a liderança da região metropolitana de Curitiba. Está se propondo a instalação de um aterro, mas são necessários três ou quatro, porque transportar o lixo do norte até o extremo sul é muito oneroso. É preciso mostrar às comunidades das cidades que receberão o lixo que ele pode ser uma fonte de renda, gerando energia, empregos. Nem sequer houve uma discussão.

Metrô e transporte coletivo

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A idéia do metrê pode ser discutida, o problema do eixo norte-sul é crônico, mas não se consegue fazer o metrô sozinho, é preciso parceria com o governo federal, com investidores estrangeiros. E Curitiba não conseguiu desatar esse nó. Não houve novas idéias para o transporte coletivo. O transporte em Curitiba sempre achava soluções, contava com o transporte seletivo, em que as pessoas, pagando um preço mais alto tinham uma opção com refrigeração, o que foi eliminado. E a licitação ainda não saiu. É preciso comparar a Curitiba de 700 mil habitantes e a de 2 milhões. Pouca coisa foi feita para acompanhar o crescimento.

Saúde

Faltam leitos, não há um programa para conter a drogadição e o alcoolismo. Tenho um programa de governo e, pelo jeito, sou o único a apresentar um. E ele foi feito após se pensar muito e não por uma agência de propaganda, como acontece por aí. Meu vice é o Mario Ferrari, que é médico e tem amplo conhecimento na área da saúde. Proponho a construção de um hospital municipal, que já resolverá parte dos problemas de saúde da capital. O atendimento de emergência deve ser prioridade, porque hoje o sujeito que precisa de um atendimento de emergência e reza para que não tenha ninguém pior que ele. É preciso, também captar mais recursos estadual e federais. Curitiba capta pouco, por conta das divergências políticas. Para a questão da drogadição, proponho convênios com igrejas católicas e evangélicas.

Esportes

Acho que o horário eleitoral é um dos momentos de discutir as propostas, mas não adianta querer discutir tudo até porque não temos tempo. Por isso tratamos de forma incisiva a questão do esporte. O esporte evoluiu muito no Brasil nos últimos anos. Passamos a estruturá-lo, tivemos o Pan-Americano, temos novas estruturas. Não houve problemas, no Paraná, como (projeto) Segundo Tempo, mas sim com a Lei Pelé, em que questionou os repasses que deveriam ser feitos aos municípios. Eles eram feitos na forma de investimentos em competições municipais e a Controladoria Geral da União entendeu que deveriam ser repassados em espécie. Mas tivemos avanços nas diretrizes, legislações. A Universidade do Esporte foi recuperada, estava nas mãos do setor privado e voltou o patrimônio público. Hoje ela desenvolve diversas atividades e é aberta à comunidade, atendendo mais de quatro mil pessoas. É um grande clube social. Mas Curitiba precisa de uma arena multi-cultural, está defasada. Isso é falta de articulação política, veja em Maringá, onde o Orlando (Silva, ministro do Esporte) levou um centro de alto rendimento. Se lá é possível, por que não aqui? Uma das minhas propostas é a construção de um centro no lugar do Pinheirão. A prefeitura receberia de volta o terreno e a Federação poderia ir para outro lugar, para fazermos uma rena multiuso no lugar.

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Copa 2014

Há uma desarticulação em todas as áreas, e me chama a atenção que isso só ocorra aqui em Curitiba. Nas outras cidades não se discute assim, que irá para um estádio e não outro (respondendo ao questionamento sobre a possibilidade de Curitiba ficar de fora da Copa de 2014). No meu papel (como secretário de estadual de esportes) fiz o que pude, mas há um problema político. Isso é público e notório.

Nepotismo

Sou contra, nunca nomeei um parente. Mas acho que o nepotismo deve ser discutido de forma absoluta e não relativa, como vem sendo feito. Questiona-se o Requião, mas deixa-se de questionar outros.

Política Fiscal

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Chamaria o Eron Arzua para discutir os impostos na cidade. Curitiba tem um ISS atrasado, que incide de forma cumulativa. O IPTU, por exemplo, poderia ser usado para estimular a ocupação do Centro. Precisamos de um choque de urbanismo na CIC. Mas não acho que Curitiba tenha de entrar na guerra fiscal, pode explorar as vantagens estruturais que tem, a proximidade com o Porto de Paranaguá, o clima ameno que pode atrair europeus. Outra sugestão é a instalação de em pátio de conteineres, que poderia ser feito em uma área na ida para Paranaguá, por exemplo.

Juventude

Minhas propostas são, basicamente, viabilizar uma política do primeiro emprego, o passe escolar e investimento em equipamentos culturais e de esporte e lazer para os jovens. Não tenho receita para o passe escolar nem sei como seria, se seria para todos os estudantes ou parte deles, de onde viriam os recursos. Mas acho que vale a pena iniciar a discussão. Se outras capitais e cidades do Brasil têm, por que Curitiba não pode ter? É difícil pensar que uma cidade que fala tanto em educação não fale no acesso a ela. Usa-se muita tecnocracia para justificar o injustificável. O primeiro emprego é outra necessidade, mas não tem nada a ver com o programa do governo federal. Seria dado um estímulo fiscal para empresas que abrissem uma nova vaga para os jovens. Para aumentar os espaços de lazer, proponho uma parceria entre a prefeitura e os clubes de futebol amador. Temos 48 clubes, com 33 campos, que ficam ociosos. Basta fechar uma parceria com os clubes, dando a eles material de treino, terra para o gramado, uniforme, enfim, estimulá-los para, em contrapartida, poder usar os campos nos períodos em que não estão sendo usados.

Futuro Político

Pretendo vencer as eleições, não posso dizer o que acontecerá depois (respondendo à pergunta sobre possível volta ao cargo de Secretário Estadual de Esportes). Vamos esperar as eleições e se haverá segundo turno, depois falamos sobre isso.

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Mensagem ao eleitor

Estou muito satisfeito com a campanha, estou sendo recebido com carinho pelas pessoas e apresentando propostas objetivas, independentes. Com base no meu histórico de boas votações na cidade acredito que terei uma boa votação.