Ex-presidente Lula
Em 2010, a construtora Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, realizou uma reforma em um sítio em Atibaia (SP) ligado ao ex-presidente Lula (PT). Somente em materiais, a Odebrecht teria gasto cerca de R$ 500 mil na reforma do sítio. A Odebrecht não é a única empresa privada que tem ligação com o sítio frequentado por Lula. Também em 2010, a Oi “presenteou” o ex-presidente com a instalação de uma antena de celular próxima à propriedade. Na Oi, o pedido teve aval de Otávio Marques de Azevedo, presidente da AG Telecom, uma das controladoras da Oi e parte do grupo Andrade Gutierrez, atualmente investigado na Lava Jato.
Ex-presidente FHC
Em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) teria utilizado a empresa Brasif S. A. Exportação e Importação para enviar dinheiro ao exterior para sua ex-amante Mirian Dutra. A transferência de dinheiro teria sido feita através de um contrato fictício de trabalho de 2002 e que valeria até 2006. O valor seria de US$ 3 mil por mês. A Brasif explorava o duty free dos aeroportos federais no governo FHC. A Polícia Federal vai investigar o caso.
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio
O envolvimento do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) com o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, gerou polêmica. A empresa recebeu R$ 1,5 bilhão na gestão de Cabral no Rio. A Delta foi uma das principais investigadas na Operação Monte Carlo, que desmontou a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. A amizade entre Cabral e Cavendish veio à tona depois da queda de um helicóptero que levava parentes de Sérgio Cabral e Fernando Cavendish para comemorar o aniversário do empreiteiro em 2011.
Beto Richa, governador do Paraná
No ano passado, o governador Beto Richa (PSDB) foi condenado junto com o Secretário Chefe da Casa Militar, Adilson Casitas, e o sócio da empresa Helisul Eloy Biezus a indenizar o governo do estado em R$ 2 milhões pela contratação de um avião a jato e um helicóptero sem licitação em 2011. O dono da Helisul é amigo pessoal do governador. O juiz responsável pela condenação alegou que o governo possuía três aviões em condições de uso quando contratou o serviço da Helisul. Pouco tempo depois, uma das aeronaves do governo foi leiloada e vendida para um dos proprietários Helisul.
PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor à Presidência
O empresário Paulo Cesar Farias foi o tesoureiro da campanha à Presidência de Fernando Collor. Após a vitória, PC Farias continuou muito próximo do presidente e se infiltrou em vários ramos do governo, arquitetando e comandando um enorme esquema de corrupção que levou ao impeachment de Collor. Em valores atuais, o “esquema PC” arrecadou exclusivamente de empresários privados o equivalente a US$ 8 milhões, em dois anos e meio do governo Collor
Rosane Collor, ex-primeira dama
Rosane Collor, mulher de Fernando Collor quando ele era presidente da República, foi acusada de desvio de verbas públicas no período em que presidiu a Legião Brasileira de Assistência (LBA). Ela foi acusada da compra fraudulenta de 1,6 milhão de quilos de leite em pó em 1991. Rosane também foi acusada de receber em sua conta bancária, cheques “fantasmas” do esquema PC Farias, originários de empresas beneficiadas na licitação da LBA. A ex-primeira dama também se envolveu no escândalo da emissão de dinheiro para a fundação fantasma Pró-Carente de Canapi, sua cidade natal, em Alagoas. Descobriu-se mais tarde que a fundação tinha como endereço a casa da mãe de Rosane. A ex-mulher de Collor também foi acusada de gastar dinheiro público em uma festa para sua assessora pessoal e amiga Eunícia Guimarães e de superfaturar a compra de alimentos. Estima-se que cerca de US$ 16 milhões tenham sido desviados e embolsados pelo grupo da ex-primeira-dama.
Ricardo Fiúza, ex-ministro da Ação Social
Ricardo Fiúza foi ministro da Ação Social no governo Collor e tornou-se um dos deputados mais influentes do Congresso. Em 1993, descobriu-se que um grupo de deputados federais havia montado um esquema de aprovação de emendas na Comissão de Orçamento do Congresso para desviar dinheiro público. Os envolvidos recebiam comissões gordas para favorecer empreiteiras e desviavam recursos para entidades de assistência social fantasmas. Um jet ski recebido da empreiteira OAS pelo então deputado foi um dos pontos altos do escândalo descoberto na CPI do Orçamento.
Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo
Paulo Maluf protagonizou uma série de escândalos envolvendo assuntos privados em questões públicas. Em 1993, quando assumiu a prefeitura de São Paulo pela segunda vez, descobriu-se que a empresa Paubrasil havia recebido doações clandestinas para as campanhas eleitorais de Maluf nos anos 1990. A proprietária de um imóvel alugado pela Paubrasil denunciou que ali funcionava uma confecção que fazia uniformes para a empresa e também material de propaganda de Maluf. Em 1996 foram descobertas irregularidades na compra de alimentos para a merenda escolar das escolas municipais de São Paulo. O pagamento de R$ 1,4 milhão pela compra de frango congelado foi feito a uma empresa do cunhado de Maluf (que havia perdido a licitação), e as aves vieram de uma granja pertencente à família Maluf, a Obelisco.
Cartões corporativos
Em 2008, descobriu-se que o primeiro escalão do governo Lula usava cartões de crédito corporativos para fins recreativos. Descobriu-se primeiro que alguns ministros – Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, Orlando Silva, do Esporte, e Altemir Gregolin, da Pesca – haviam se habituado a usar o cartão para pagar desde tapioca até temporadas com a família em hotéis de luxo.
Renan Calheiros, presidente do Senado
Em 2007, o então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi acusado de recorrer a um lobista da construtora Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso.
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