Confronto no PR gera embate entre petista e tucano no Senado

O confronto entre policiais militares e servidores do Paraná repercutiu nesta quinta-feira (30) no plenário do Senado e provocou uma discussão entre o líder do PT, Humberto Costa (PE), e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O petista classificou a ação do governo Beto Richa (PSDB) como um massacre e cobrou um posicionamento dos tucanos sobre o caso. Em defesa do partido e de Richa, Ferreira elogiou a atuação da polícia e afirmou que os movimentos sociais alinhados ao PT protagonizam situações piores.

“Mais de 200 pessoas ficaram feridas em mais de duas horas, não de confronto, como a imprensa nacional tentou caracterizar. Confronto e conflito é quando as duas partes têm condições mínimas de equilíbrio para um enfrentamento. O que houve foi um massacre”, afirmou Costa na tribuna. O petista disse que a situação fiscal do Paraná, administrado pelo PSDB desde 2011, é grave e que o governo estadual gasta mais do que arrecada. “Logo eles, que tanto ecoam pelos quatro cantos que são grandes gestores da administração pública e sagrados protetores da eficiência do Estado”, ironizou Costa. Ele comparou a atuação dos parlamentares tucanos no Congresso, contrários às medidas de ajuste do governo federal justamente por alterar direitos trabalhistas, enquanto no Paraná, a base aliada de Richa aprovou o projeto de lei que, segundo os servidores, os prejudica. Costa também cobrou um posicionamento do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. Ferreira rebateu e disse que a PM apenas impediu os servidores de invadir a Assembleia. O senador tucano disse ainda que Richa irá analisar se houve excessos da PM. “Eu confio na ponderação, no espírito democrático, na tradição democrática do governador Beto Richa para que ele mande proceder as apurações.”