Uma pessoa morreu e cerca de 50 ficaram feridas na quinta-feira durante confrontos entre manifestantes contra e a favor do governador de Cochabamba, região central da Bolívia, segundo a imprensa local.

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A luta começou quando o governador Manfredo Reyes Villa entrou no centro da cidade de Cochabamba, ocupada desde segunda-feira por milhares de manifestantes com paus e pedras, exigindo a renúncia dele.

Reyes Villa defende a convocação de um referendo que poderia dar maior autonomia aos Departamentos (províncias) bolivianos, o que o coloca em choque com o presidente Evo Morales.

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Uma TV pública disse que um manifestante leal a Morales foi morto durante o confronto - não se sabe como. A rádio Erbol disse que a polícia tentava dissolver o protesto com gás lacrimogêneo.

Horas antes da chegada de Reyes Villa, milhares de seguidores de Morales se concentraram na praça principal da cidade, que fica 440 quilômetros a leste de La Paz.

``Não tenho motivo para renunciar, exijo que a vontade dos meus eleitores seja respeitada'', disse Reyes Villa, que pertence à primeira leva de governadores eleitos diretamente, em dezembro de 2005. Até então, os governadores eram indicados pelo presidente.

Nesta semana, manifestantes já haviam ateado fogo à sede do governo e entrado em confronto com a polícia, com mais de 20 feridos.

Seis dos nove governadores bolivianos, inclusive Reyes Villa, são de partidos da oposição, e a maioria participa do movimento autonomista.

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``Autonomia é importante. Não significa divisão, ou separatismo, ou independência. Por que ainda estão concentrando o poder? Os governadores regionais foram eleitos, vamos dar algum poder a eles'', afirmou Reyes Villa a jornalistas.

Morales começou sua carreira política como líder dos plantadores de coca em Cochabamba, e como presidente tem enorme popularidade no Departamento. O governador disse que o conflito terminaria se o presidente ordenasse a seus seguidores que abandonassem os protestos.