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Uma confusão marcou a chegada na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, dos advogados de defesa dos acusados por corrupção ativa em processo decorrente da Operação Satiagraha. A audiência estava marcada para as 9h e até 9h30 os advogados de Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, de Humberto Braz e de Hugo Chicaroni não haviam conseguido chegar até o local. Por causa da confusão, Nélio Machado, advogado de Dantas, afirmou que seu cliente vai ficar calado na audiência desta quinta-feira. "Se eu tinha alguma dúvida se o meu cliente iria silenciar hoje, a dúvida acabou agora", afirmou Machado, que voltou a atacar as "inúmeras ilegalidades" do processo.

O advogado disse ter sido barrado na entrada do Fórum e reclamou do fato de que as testemunhas que serão ouvidas hoje pelo juiz Fausto Martin De Sanctis teriam entrado para a audiência sem a "fiscalização" da defesa. Ele criticou ainda o tratamento "não igualitário" entre a defesa e as testemunhas e disse que a situação "revela um ambiente que permeia essa causa, que parece ter um destino preestabelecido".

O juiz da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal toma hoje os depoimentos dos delegados federais Protógenes Queiroz e Vitor Hugo Rodrigues Ferreira e do escrivão Amadeu Ranieri. Os três são testemunhas de acusação do Ministério Público. A Operação Satiagraha, da Polícia Federal, desmontou suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Nélio Machado voltou a reclamar da falta de provas fundamentais nos laudos. De acordo com ele, não foi fornecida a transcrição integral das fitas nas quais Braz e Chicaroni supostamente oferecem suborno ao delegado Vitor Hugo. "Não estão no processo e, pelo jeito, não pretendem colocar", disse o advogado. Ele acrescentou que tomará medidas para que isso seja feito.

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