Dez dias depois da explosão do Airbus da TAM, a pista principal de Congonhas reabre nesta sexta. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já iniciou a vistoria da obra, acompanhado pelo presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e pelos secretários de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, e de Justiça, Luiz Antonio Marrey vistoria a obra. Em seguida, ele visita o local do acidente com o avião da TAM e deverá ir ao Instituto Médico Legal (IML) para acompanhar a identificação das vítimas - elas são 200, segundo registro do Boletim de Ocorrência. Os dados da caixa-preta do avião terminaram de ser coletados e devem ajudar a desvendar os motivos do acidente.
Congonhas reabre com menos vôos e a pista principal incompleta. Assim como no dia do acidente, ela está sem grooving, que são ranhuras para escoar água. Por isso, vai fechar sempre que chover. Também falta colocar luzes que balizam as aterrissagens e a canaleta da cabeceira da pista, onde a terra deslizou. O grooving ficará pronto em até 45 dias. A contenção do deslizamento na cabeceira, em 10 dias.
Desde a abertura, a operação nesta sexta-feira é feita por instrumentos, por causa da neblina. Das 55 partidas previstas para Congonhas até às 9h, 29 foram canceladas. A TAM cancelou 63 vôos operados em Congonhas. Outros 25 foram remanejados para Cumbica.
Até a semana que vem fica pronto o plano de mudança da malha aérea, que desviará vôos para Viracopos, Guarulhos e São José dos Campos . Na quinta-feira, a Infraero e as representantes das companhias aéreas se reuniram em Cumbica para discutir o assunto. A mudança na malha aérea, com o fim de conexões e escala de vôos, deverá reduzir em 9 milhões por ano o número de passageiros que utilizam Congonhas.
Os passageiros, no entanto, devem continuar a enfrentar atrasos, segundo o diretor de operações da Infraero, Rogério Barzellay.
- Atrasos são de adequação e atrasos sempre aconteceram. Enquanto a malha estiver se adequando, com uma série de cancelamentos e modificações, será normal que os atrasos aconteçam - afirmou.
Segundo Barzellay, o aeroporto de São José dos Campos deverá receber parte dos vôos de Congonhas, assim como Guarulhos e Viracopos, em Campinas. A Infraero não confirma se o aeroporto de Jundiaí também será utilizado.
O diretor da Infraero explicou que Cumbica tem condições de receber mais 30 vôos por hora, fora dos horários de pico: das 7h às 10h e das 21 às 23h. Segundo ele, Viracopos tem condições de absorver mais seis vôos por hora e o aeroporto de São José dos Campos mais um.
De acordo com a Infraero, a empresa Pantanal não deve sair de Congonhas. A empresa opera com aviões menores, tem poucos vôos e quase todos com tempo de viagem inferior a 2 horas, atendendo portanto as determinações da Anac.
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