As reuniões da Rio+20, as convenções para a escolha de candidatos municipais e as comemorações das festas juninas devem deixar às moscas as atividades no Congresso Nacional na próxima semana, provocando um "recesso branco" nas duas Casas. A expectativa de senadores e deputados é que não ocorram votações relevantes em comissões permanentes e nem nos plenários das duas Casas.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira (14) que apesar da semana atípica tentará ainda votar medidas provisórias e projetos menos polêmicos em plenário, mas admite a dificuldade de quórum. "É o início das convenções partidárias, teremos muitos deputados na Rio+20. Vamos aferir o quórum na terça-feira para ver se é possível, pelo menos, votar as MPs e mais projetos de segurança pública. Os deputados estarão representando a Casa na Rio+20, eu mesmo irei, na quarta-feira, para a abertura do fórum dos chefes de Estado", afirmou Maia.
Só da Câmara devem ir à Rio+20 cerca de cem parlamentares. Desde quarta-feira, algumas votações futuras só foram marcadas para o final de junho ou início de julho. Na prática, sem a próxima semana, restarão apenas mais três semanas de votações antes do recesso parlamentar oficial que começa no dia 18 de julho.
Marco Maia afirmou ainda que pretende votar o projeto dos royalties do petróleo antes do recesso. O Congresso, no entanto, terá que votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ou não haverá recesso. Até agora, a LDO não foi votada na Comissão Mista de Orçamento.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), também afirmou que na próxima semana não haverá votações no Senado. Segundo ele, as votações serão retomadas na semana seguinte à da Rio+20. Braga não acredita em problemas com os senadores para votar a MP que estendeu para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o regime diferenciado de contratações (RDC).
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