Levantamento realizado no Congresso sobre reforma política revelou que 54% dos parlamentares é favorável a uma "janela partidária" que permitiria a troca de legenda treze meses antes da próxima eleição. Atualmente, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF), a troca de legenda não é permitida. A pesquisa, feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), mostra também que 58,7% dos entrevistados é a favor do financiamento público de campanha.
Em pauta no Congresso, as contradições da reforma política ficaram claras na pesquisa, segundo atestou o coordenador do levantamento e diretor de documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz. "O financiamento público só tem sentido se for adotada a lista pré-ordenada ou o voto distrital. Mas esses pontos não têm maioria suficiente para serem aprovados no Congresso", observou.
O levantamento registrou ainda que 51,3% dos entrevistados defendem a coligação apenas na eleição majoritária. Para 33,3%, a coligação deve ocorrer tanto na eleição majoritária quanto na proporcional. Outros 8,7% foram contrários a coligações de qualquer espécie. Sobre o aumento do mandato do presidente de quatro para cinco anos, e sem a possibilidade de reeleição para o mandato subsequente, apenas 23,3% se mostraram favoráveis.
A pesquisa ouviu 150 parlamentares - 120 deputados e 30 senadores -, considerados formadores de opinião e lideranças políticas influentes no País. Ao longo de dois meses, 20 pesquisadores trabalharam coletando, por meio de 16 perguntas, as opiniões dos congressistas acerca da reforma.
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