Cento e quarenta toques num teclado de computador têm excitado a política brasiliense. Agora, políticos, quando podem, deixam os repórteres de lado e se manifestam no famoso microblog Twitter, febre na internet que chegou de vez ao Congresso nesta semana.
Dão, inclusive, notícias em primeira mão. Foi o que fez na quinta-feira o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao anunciar, em seu Twitter, que renunciaria à liderança do partido. "Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável."
O "irrevogável" perdeu a validade logo na manhã de ontem. A tarefa de divulgar o recuo do senador paulista coube a João Pedro (PT-AM). "O senador Mercadante entrou em contato comigo hoje de manhã e disse que permanecerá no cargo", avisou.
Mercadante acabou sendo vítima do seu próprio Twitter. Logo após seu discurso de recuo em plenário, milhares de mensagens de repúdio à sua postura invadiram o microblog. Foram mais de três mil manifestações em poucas horas. "Fui às ruas pelo PT, fiz campanha pelo PT, votei no PT e hoje você ajudou a decidir o que fazer no futuro: PT nunca mais", enviou a Mercadante um internauta chamado Igor Polaroid.
Ontem, aliás, o nome do senador estava entre os cinco mais comentados do dia no Twitter brasileiro. "Estou decepcionado com sua atitude, eu via em você um grande político, mas agora deixou se envenenar pelo próprio partido", disse o internauta de codinome "tiagojacot".
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Maduro sugere uso de tropas do Brasil para “libertação” de Porto Rico
Deixe sua opinião