Investigação
Conselho de Ética abre processo contra Argôlo; doleiro será testemunha do caso de André Vargas
Folhapress
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou ontem o parecer preliminar para que o colegiado dê prosseguimento às investigações contra o deputado Luiz Argôlo, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmontou um esquema milionário de lavagem de dinheiro. Foram 11 votos favoráveis.Argôlo foi notificado e tem dez dias para apresentar sua defesa. Na sexta-feira passada, o deputado pediu afastamento por 15 dias da Câmara alegando problema cardíaco.
Paranaense
Já o relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado André Vargas (sem partido-PR), deputado Júlio Delgado (PSB-MG), indicou ontem como testemunhas do caso do paranaense o doleiro Youssef; o presidente do PT, Rui Falcão; o líder do PT, Vicentinho (SP); o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) e outras quatro testemunhas. Elas serão ouvidas em 17 e 18 de junho.
A CPI Mista da Petrobras, formada por deputados e senadores, aprovou ontem a convocação dos principais personagens envolvidos nas suspeitas de irregularidades na estatal. Mas a sessão da comissão também foi marcada pela disputa política entre governo e oposição. Num "cochilo" dos oposicionistas, a CPI mista aprovou, em bloco, pedidos de acesso a documentos que envolvem a gestão da estatal no governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Já o presidente da CPI, o senador governista Vital do Rêgo (PMDB-PB), recusou colocar em votação um requerimento da oposição para ouvir a presidente Dilma Rousseff. Vital do Rêgo disse que o pedido não tinha amparo regimental.
Apesar da disputa política, a maioria das convocações está diretamente relacionada aos escândalos que envolvem a estatal. Foram chamados para depor o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Também serão ouvidos a presidente da Perobras, Graça Foster, e o ex-presidente José Sérgio Gabrielli.
Os parlamentares aprovaram ainda requerimento para requisitar à Polícia Federal (PF) cópia das informações referentes às quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico feitas na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de R$ 10 bilhões com ramificações na estatal. A comissão também pediu a cópia da ação judicial e do inquérito da PF sobre a Lava Jato.
Sem data
Ainda não há, porém, data para os depoimentos nem a definição de quem será ouvido primeiro. O relator da CPI mista, deputado Marco Maia (PT-RS), sugeriu que o primeiro seja Paulo Roberto Costa, já convocado pela CPI exclusiva do Senado para depor na próxima semana. Já a oposição defende que as convocações só ocorram após chegarem os documentos de quebra de sigilo. O argumento é de que, com esse material, os parlamentares terão mais informações para poderem questionar os depoentes.
A próxima sessão da CPI mista só deve ocorrer na próxima semana, de acordo com Maia. Ele ainda afirmou que a Copa do Mundo, que começará no próximo dia 12, não irá atrapalhar os trabalhos. "Vamos trabalhar também durante a Copa do Mundo; vai ter sessão todas as semanas."
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