A um mês de a presidente eleita Dilma Rousseff tomar posse, novos nomes surgiram nesta terça (30) como cotados para compor a equipe ministerial.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que o secretário de Saúde do estado, Sérgio Côrtes, foi convidado pela presidente a assumir o Ministério da Saúde.
Cabral disse que o convite foi aceito por Côrtes e já anunciou o nome de quem substituirá o secretário no cargo. O acerto foi feito durante uma reunião de mais de três horas entre o governador e Dilma, na noite de segunda (29), em Brasília.
Nesta tarde, após uma reunião de Dilma com o vice-presidente eleito, Michel Temer, e o presidente do Senado, José Sarney, ambos do PMDB, uma fonte ligada ao gabinete de transição afirmou ao G1 que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, do PT, deve assumir o Ministério das Comunicações ou o da Previdência Social.
Se concretizado o cenário de Bernardo como ministro das Comunicações, a pasta será retirada da "cota" do PMDB, que ocupou o ministério durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As assessorias de Temer e Sarney confirmaram ao G1 que os dois negociaram com Dilma nesta manhã cargos no futuro governo.
Outro ministro que pode continuar no mandato da presidente eleita é Fernando Haddad, do Ministério da Educação. Na segunda (29), Lula dedicou o dia a fazer elogios a Haddad. Os dois participaram de três eventos públicos em Brasília. Nesta tarde, Lula citou avanços na educação como um dos marcos do atual governo.
Em discurso, o presidente também deu a entender que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pode permanecer. "A gente vai preservar o meio ambiente e produzir muito mais. E a Izabella será a companheira, a parceira disso", disse.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também pode continuar cargo, assim como o ministro da Defesa, Nelson Jobim, segundo informou o Jornal Nacional. Na última sexta (26), Dilma se reuniu com Jobim na Granja do Torto. No encontro, ela teria formalizado o pedido.
Na última quarta (24), a presidente também se reuniu com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). Ele deve assumir o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Já o senador Alozio Mercandante (PT), derrotado na disputa pelo governo de São Paulo nas eleições de outubro, pode ocupar o Ministério de Ciência e Tecnologia.
A chamada "cozinha do Planalto", considerada estratégica, também está sendo desenhada por Dilma. O deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição, é cotado para chefiar a Casa Civil.
Ao lado do presidente do PT, Eduardo Dutra, e do deputado Eduardo Cardozo (PT-SP), Palocci foi um dos chamados "três porquinhos" na campanha presidencial. A nomenclatura foi dada carinhosamente por Dilma aos três principais colaboradores dela na corrida pelo cargo.
Já a Secretaria-Geral da Presidência deve ficar com o atual chefe de Gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Católico e homem de confiança de Lula, Carvalho fez, na campanha eleitoral, um trabalho de interlocução entre Dilma e segmentos religiosos.
A equipe econômica foi a primeira a ser anunciada oficialmente pela presidente eleita. Dilma manteve no cargo o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, e escolheu a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, para assumir o Ministério do Planejamento. A presidência do Banco Central ficou com o diretor de normas do BC, Alexandre Tombini.
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