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O conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), disse nesta segunda a seus advogados que "desconhece a existência de contas bancárias no exterior" em seu nome. Ele se reuniu com os defensores para discutir a acusação do Ministério Público Estadual (MPE) que, em ação civil apresentada à 1.ª Vara da Fazenda Pública, lhe atribui atos de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.

Bittencourt se disse "indignado, muito surpreso" com os fatos apontados na ação. A Procuradoria-Geral de Justiça requereu o afastamento cautelar de Bittencourt - ele é conselheiro do TCE desde 1990 - e a imediata indisponibilidade de seus bens. A suspeita é que o conselheiro construiu um patrimônio de R$ 50 milhões.

Seus advogados já preparam a argumentação para tentar impedir a queda de Bittencourt. Ele alega que a origem de seu patrimônio "vem do pai" - Waldemar Bittencourt, já morto, teria sido usado pelo conselheiro como laranja, segundo o MPE.

A defesa informou que ainda não teve acesso ao processo e que Bittencourt está tranquilo e confiante. "Ele realmente não tem nenhum envolvimento nas imputações que lhe são feitas pelo Ministério Público", afirmou o criminalista Frederico Crissiúma de Figueiredo.

Ontem, Bittencourt participou da cerimônia de posse de seis auditores no plenário do TCE. Em sua cadeira, ele permaneceu em silêncio. O governador Geraldo Alckmin participou do evento na maior corte estadual de contas do País.

Bittencourt ouviu o governador discursar: "Democracia não é somente o Estado de direito. O Estado democrático é aquele que funciona direito, que zela pela qualidade do gasto público, que presta serviços de qualidade, que expande a infraestrutura, que educa, que busca o desenvolvimento, ao mesmo tempo em que é solidário com a população mais fragilizada".

Alckmin afirmou que o TCE "desempenha uma missão pedagógica, corrigindo, apontando caminhos para o aprimoramento do Estado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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