Alguns dos integrantes do Conselho de Ética da Câmara que votaram pela cassação do mandato do deputado Roberto Brant (PFL-MG) responderam às críticas do pefelista de que eles já estariam predispostos a condená-lo. O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP) disse que Brant usou caixa dois na campanha à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004. O parlamentar mineiro recebeu cerca de R$ 102 mil da empresa Usiminas e não declarou os recursos à Justiça Eleitoral.
- Isso é uma questão de valores, e os valores dele não são os meus. Ele declarou que a Usimas o procurou e fez uma doação através da SMP&B, que não foi contabilizada. Isso pra mim é fraude. Foi pesado o discurso para quem tem os mesmos valores éticos deles. Para mim é errado. Todos que estão nessa situação tentam pressionar mesmo - afirmou o conselheiro.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) endossou as palavras do colega, afirmando que Brant sofreu agora a censura moral que deveria ter feito ele próprio quando a Usiminas ofereceu a doação.
- O coerente com a tão proclamanda virtude que ele alegou seria na campanha, quando a Usiminas se ofereceu a repassar de forma totalmente clandestina o dinheiro, tê-lo recusado. Ele deveria ter feito essa censura moral, não fez na época, recebeu-a agora.
O relator do processo, Nelson Trad (PMDB-MS), observou que o pefelista incorreu no mesmo crime de caixa dois dos demais parlamentares que respondem a processo no Conselho.
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