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O Conselho de Ética da Câmara deixou para depois do carnaval a decisão sobre o arquivamento ou não do processo apresentado pelo PT contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), que continha assinatura falsa do então presidente do PT Tarso Genro. A votação não ocorreu nesta quarta-feira devido à Ordem do Dia (início do período de votações no plenário).

Segundo o deputado José Carlos de Araújo (PL-BA), relator do processo contra Onyx, o ex-presidente do PT teria dado declaração abrindo a possibilidade de o documento ser falsificado. Tarso teria dito que assinou um documento em São Paulo, mas parece que não é o mesmo. De acordo com o relator, a partir da declaração de Tarso, o Conselho vai deixar o processo em aberto para investigar os responsáveis pela falsificação da assinatura. O Conselho quer explicações de Tarso, do atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, e de Athos Pereira. Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), o Conselho vai registrar o caso na polícia.

- As declarações de Tarso exigem investigação porque ele se sente vítima, mas gerou uma suspeição geral - disse Chico Alencar.

A falsificação do documento apresentado ao Conselho de Ética foi constatada por perícia da Polícia Civil do Distrito Federal. O processo foi movido após o deputado pefelista divulgar dados sigilosos do ex-deputado José Dirceu. Durante reunião administrativa nesta quarta, os conselheiros defenderam a investigação da representação entregue ao órgão com assinatura falsa.

- O Conselho quer saber de fato o que aconteceu - disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), acredita que o processo contra Onyx seja arquivado e o PT entre com nova representação.

- Deve ser arquivado o processo, o PT deve fazer uma nova representação e nós vamos investigar essa assinatura falsa - afirmou.

Na terça-feira, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), já informou que mesmo que o Conselho de Ética decida pelo arquivamento do processo, o partido fará nova representação pedindo a cassação do parlamentar gaúcho.

Por iniciativa própria, o deputado Wasny de Roure (PT-DF) esteve na manhã desta quarta-feira no Conselho para dar explicações sobre a representação apresentada ao Conselho contra o deputado Onyx Lorenzoni. Wasny repetiu que no dia da entrega da representação recebeu uma ligação do chefe de gabinete da liderança do PT, Athos Pereira, pedindo que fosse ao Conselho cumprir a missão como vice-líder. Ele disse que foi e esperou uns 10 minutos até o documento chegar de São Paulo.

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