O Conselho de Ética da Câmara analisa nesta tarde o relatório do deputado Moroni Torgan (PFL-CE) que pede a cassação do mandato do deputado Vadão Gomes (PP-SP), que teria recebido R$ 3,7 milhões do valerioduto. Em sua exposição, o relator disse que o parlamentar conversou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério dias antes da suposta entrega do dinheiro ao parlamentar.
Segundo Moroni, Vadão conversou com Delúbio no dia 24 de junho e com Valério nos dias 28 e 29. No dia 5 de julho, o parlamentar teria recebido uma parte dos recursos. No dia 30 de julho, Vadão conversou com Valério e no dia 16 de agosto, teria recebido outra parcela do dinheiro.
O parlamentar reagiu dizendo que nunca conversou com Valério, mas admitiu que um assessor seu atendeu uma ligação do empresário no qual ele oferecia ajuda eleitoral, que não teria se concretizado. Vadão disse ainda que Delubio certa vez lhe telefonou pedindo que apoiasse a petista Marta Suplicy.
O deputado Edmar Moreira (PFL-BA) declarou seu voto contra o relatório.