O conselho de Ética da Assembléia Legislativa do Ceará aprovou por cinco votos a quatro a cassação do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT), irmão do ex-presidente do PT José Genoino. Guimarães é acusado de ter recebido R$ 250 mil do Valerioduto em 2003. O deputado já apresentou recurso à mesa diretora da Assembléia, que poderá ser votado em plenário na próxima semana.

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A subcomissão do Conselho havia aprovado antes a suspensão do mandato de Guimarães por 30 dias. Mas na reunião do conselho de terça-feira, o deputado Adail Barreto, do PSDB, pediu vistas e apresentou hoje um voto em separado pela suspensão de Guimarães. Todos os três deputados do PSDB da comissão votaram pela cassação, além do deputado Manoel de Castro, do PMDB. Ao presidente da Comissão, Marcos Tavares, do PP, coube o desempate, favorável à cassação.

Guimarães considerou a decisão uma violência e "um fruto de uma perseguição política do PSDB", já que nem o Ministério Público, nem a Polícia Federal e o próprio conselho conseguiram nenhuma prova contra ele, segundo o parlamentar. Guimarães não nega ter recebido o dinheiro. Mas sustenta que ele o recebeu do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, sem saber a sua origem, e o usou para pagar despesas de campanha do candidato do PT em 2002, José Airton Cirilo. Guimarães foi coordenador da campanha de Cirilo.

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