Brasília (Folhapress) Em uma votação marcada por discursos emocionados, o Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem, por 12 votos a 2, relatório que recomenda a cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) por envolvimento no escândalo do mensalão.
Queiroz foi o terceiro deputado condenado pelo Conselho à perda do mandato por quebra de decoro parlamentar. O primeiro foi Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado em setembro, e o segundo, José Dirceu (PT-SP), que enfrentará o plenário no dia 23.
Apenas dois integrantes do Conselho, Pedro Canedo (PP-GO) e Neyde Aparecida (PT-GO) suplente de Ângela Guadagnin (PT-SP) , rejeitaram o parecer pela cassação de Queiroz.
Minutos antes do início da votação, o secretário-geral do PTB, deputado Luiz Antônio Fleury Filho (SP), ainda tentou sustá-la, alegando que o prazo de cinco sessões para realizá-la expirou na terça-feira, mas acabou sendo voto vencido.
Fleury disse que tentará anular a votação em recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, o PTB já trabalhava para tentar reverter o resultado no plenário, cuja votação será secreta para ser cassado, há necessidade de apoio ao parecer de ao menos 257 dos 513 votos.
Aprovado com uma série de ressalvas dos membros do Conselho, o parecer do deputado Josias Quintal (PSB-RJ) sustentava que o petebista quebrou o decoro ao admitir ter recebido R$ 453 mil do esquema montado pelo publicitário Marcos Valério de Souza, apontado como o operador do mensalão.
Emocionado, Queiroz disse que, apesar da conclusão do parecer, "o mais importante" era o fato de o relator ter concluído que ele não se beneficiou dos recursos.
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