O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou na tarde desta quarta-feira, 30, a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado pelo PSOL de ter agredido em setembro passado o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), durante visita das Comissões da Verdade da Casa e do Senado ao antigo prédio do DOI-Codi, no Rio de Janeiro. Com vídeos, Bolsonaro conseguiu convencer os colegas do Conselho de que foi impedido de entrar e que não deu um soco no senador.
O relator da representação, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), pretendia colocar em votação um relatório pela admissibilidade da representação, mas Bolsonaro mostrou imagens onde ele aparece impedido de participar da visita, sendo hostilizado por manifestantes e trocando empurrões com o senador. Os deputados concluíram que o soco não ficou claro nas imagens e votaram, por 11 a 0, contra a representação.
O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), disse que era favorável à representação para que a investigação do episódio fosse aprofundada. "Achava que tinha de haver a admissibilidade, mas acho que pelas provas, não ficou claro a agressão. Teve empurrões por todos os lados", comentou Izar.
Ao final, Bolsonaro disse que a representação não tinha "pé nem cabeça", que ele foi vítima de agressão e que ação do PSOL era "hipócrita". "São uns cascateiros que buscam fazer um estardalhaço junto à mídia. Perderam mais uma", declarou. "Estou me lixando para o PSOL, esse pessoal não tem moral", emendou.
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