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Começou no Conselho de Ética da Câmara a leitura do parecer sobre o processo de cassação do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). Logo em seguida, o representante do parlamentar terá 20 minutos para apresentar sua defesa. Depois, o relator Jairo Carneiro (PFL-BA) vai apresentar o seu voto, que deve ser pela cassação de Jefferson, com base nas próprias revelações feitas pelo parlamentar, como ter assumido que recebeu dinheiro para a campanha e não ter declarado à Justiça eleitoral, o que configura caixa 2, e por ter confessado que montou um esquema de captação de recursos em estatais. O relator vai acusá-lo de crime eleitoral, tráfico de influência e sonegação fiscal.

Na apresentação de seu voto, o relator vai ler trechos de manifestos de entidades civis em favor da moralização da política e pela apuração e cassação de parlamentares envolvidos em esquemas de corrupção. Carneiro vai ler e anexar ao voto a íntegra de documentos da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e da Associação Brasileira dos Magistrados (AMB) e trechos de uma nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Carneiro também vai anexar ao voto e ler um trecho de uma carta que recebeu de um senhor de 77 anos pedindo que seja intransigente e duro na luta contra a corrupção.

O relator afirmou que não recebeu até hoje nenhum tipo de ingerência ou apelo para poupar Jefferson ou qualquer outro investigado no Conselho de Ética e afirmou que está agindo com imparcialidade e equilíbrio para não cometer injustiça.

Carneiro não vai confirmar a existência do mensalão como uma prestação paga mensalmente no valor de R$ 30 mil, como denunciou Jefferson, mas vai dizer que houve distribuição irregular de dinheiro para campanhas eleitorais.

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