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O Senado vai decidir somente depois da Páscoa se instaura processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O presidente interino o Conselho de Ética da Casa, senador Jayme Campos (DEM-MT), se declarou impedido para julgar o colega de partido e convocou reunião do colegiado para o dia 10 de abril com o objetivo de eleger um novo presidente.

O cargo está vago desde o ano passado, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) se licenciou do Senado.

Pelo regimento da Casa, cabe ao presidente do Conselho de Ética da Casa decidir se acata representação por quebra de decoro contra um parlamentar. O PSOL encaminhou ontem ao conselho representação contra Demóstenes para que o órgão investigue sua ligação com o empresário do ramo de jogos, Carlos Cachoeira.

Campos poderia decidir sobre o processo como vice-presidente, já que o cargo está vago, mas pediu ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para ficar fora do caso. "Para mim fica difícil assumir a presidência do Conselho porque o Demóstenes é do mesmo partido que o meu. Fica muito ruim para mim", disse.

O presidente do Conselho de Ética pode mandar instaurar o processo, levando-o para o plenário do colegiado, ou recomendar o seu arquivamento. Se for arquivado, o PSOL pode recorrer caso consiga o apoio de cinco membros do conselho.

Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que as denúncias contra Demóstenes são "graves" e que o Senado deve dar o andamento à representação do PSOL.

"Ele [Jayme Campos] me comunicou que sendo vice-presidente do Conselho acha que a presidência está vaga. E o presidente que teria a competência de decidir sobre a representação. O senador disse que iria consultar o jurídico da Casa para ver que solução teria que tomar", disse Sarney.

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