O Conselho de Ética deverá julgar quatro processos disciplinares contra deputados em março. A agenda foi divulgada nesta quarta-feira durante a reunião administrativa do órgão. De acordo com presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), o primeiro relatório a ser votado, no dia 7 de março, trata do processo disciplinar contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

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Em depoimento, João Paulo Cunha admitiu ter retirado R$ 50 mil das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural. Segundo ele, o dinheiro foi repassado a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, para pagamento das pesquisas de opinião em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

O processo seguinte deve ser julgado no dia 15 ou 16 e será o do deputado José Mentor (PT-SP). Ele confirmou ao Conselho de Ética que recebeu, em 2004, dois cheques no valor de R$ 60 mil cada, referentes ao pagamento de serviços de advocacia prestados a Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério . Segundo o deputado, não houve "clandestinidade" na transação, pois tanto a origem como o destino do dinheiro estão identificados.

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Ainda em março deverão ser julgados os processos contra Josias Gomes (PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP). Faltará ao conselho analisar o processo contra José Janene (PP-PR). Na tarde de hoje, a Mesa Diretora da Câmara para discutir o pedido de aposentadoria do deputado paranaense por invalidez.

Uma junta médica, enviada pela Câmara para analisar o quadro clínico do deputado constatou uma cardiopatia grave. José Janene responde a processo de cassação por ter sido citado pelo empresário Marcos Valério de Souza como um dos parlamentares que recebeu dinheiro.