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Paulinho acusa Chico de financiamento ilegal de campanha e uso de notas frias de suposta empresa fantasma para recebimento de cota parlamentar. | ANDRE RODRIGUES/ANDRE RODRIGUES
Paulinho acusa Chico de financiamento ilegal de campanha e uso de notas frias de suposta empresa fantasma para recebimento de cota parlamentar.| Foto: ANDRE RODRIGUES/ANDRE RODRIGUES

O Conselho de Ética da Câmara instaurou na tarde desta quarta-feira (11) o processo de cassação de um dos mais ativos adversários do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).

A instalação ocorre um dia após o deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos aliados mais próximos do peemedebista, assumir uma vaga no Conselho. Foi o próprio líder do Solidariedade quem protocolou a representação contra Alencar.

Paulinho acusa Chico de financiamento ilegal de campanha e uso de notas frias de suposta empresa fantasma para recebimento de cota parlamentar.

Na sessão desta tarde, foi cumprido o primeiro rito do Conselho e foram eleitos os três nomes que podem relatar o processo: Sérgio Brito, Zé Geraldo e Sandro Alex.

O deputado Paulo Azi (DEM) havia sido eleito num primeiro momento, mas em função de uma questão de ordem feita no início da sessão, na qual questionou a entrada de Paulinho da Força no Conselho e se manifestou previamente favorável a Chico, o presidente, José Carlos Araújo (PSD-BA), pediu que ele cedesse a vaga a outro parlamentar. Foi eleito, então, Alex.

Agora, Araújo precisa escolher o relator, o que afirmou que não fará na próxima semana. “Vou dar a oportunidade para as partes se entenderem”.

Chico, que não integra o Conselho, acompanhou a sessão e disse que as acusações contra ele são “frágeis” e já foram explicadas em outras instâncias. “Ofende o Conselho de Ética, sobrecarregando-o com um trabalho desnecessário, numa tentativa vã de intimidação”.

Em resposta, Paulinho afirmou que a representação dará a Chico a oportunidade de se explicar. “Não pode o deputado que mais fala de ética no plenário sofrer uma série de questionamentos. Não tem intimidação, nem retaliação”.

Nos bastidores, Cunha articulou com aliados a liberação, pela Mesa Diretora da Casa, de várias representações para serem julgadas no Conselho de Ética junto com o pedido de cassação de seu mandato. A expectativa do peemedebista com a manobra é retirar os holofotes do seu caso.

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