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Opinião

CAIXA ZERO: "Vargas joga a última cartada. E perde". Leia matéria completa.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu manter o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) no posto de relator do processo contra o deputado André Vargas (PT-PR).

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O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), fez uma consulta aos integrantes do conselho, e 11 deles se manifestaram a favor da manutenção de Delgado. Houve uma abstenção, do deputado Fernando Ferro (PT-PE), e dois conselheiros foram contra – Sibá Machado (PT-AC) e Zé Geraldo (PT-PA).

A defesa de Vargas pediu o afastamento de Delgado na noite de ontem, argumentando que ele teria mostrado interesse no desfecho do processo e adotado uma postura de julgador, sem isenção no caso.

Delgado se defendeu, afirmando que não teve nenhuma atitude que desabonasse sua posição de relator, e disse que não vai declarar-se suspeito porque deu todas as oportunidades para Vargas depor – ele foi chamado seis vezes para reuniões do conselho – e nunca compareceu. Em vez disso, ressaltou o relator, Vargas optou por apresentar mais esse recurso protelatório, pedindo seu afastamento.

Por outro lado, Vargas disse que Júlio Delgado já teria declarado, no dia 10 de abril, que as provas contra ele são mais contundentes que as do mensalão. O parlamentar afirmou ainda que todos os depoimentos de testemunhas no conselho corroboraram o discurso feito por Vargas no Plenário da Câmara em abril, quando negou envolvimento com o esquema investigado pela Polícia Federal referente ao doleiro Alberto Youssef, preso durante a operação Lava Jato, e admitiu apenas ter sido "imprudente" ao fazer uma viagem ao Nordeste em um jatinho pago por Youssef.

Neste momento, Júlio Delgado está apresentando seu parecer. A votação, no entanto, não deve ocorrer hoje, pois o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) já anunciou que vai pedir vista, assim como Sibá Machado e Zé Geraldo.

Entenda o caso

Vargas é acusado de intermediar contratos do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde. O Labogen é propriedade do doleiro Alberto Youssef, preso em março pela Polícia Federal na operação Lava Jato.

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