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O Conselho de Ética aprovou nesta terça-feira a prorrogação por 90 dias do prazo de tramitação dos processos por quebra de decoro dos parlamentares acusados de participar da "máfia das sanguessugas". A prorrogação foi aprovada ainda pelo Plenário da Câmara, em sessão realizada à tarde. O prazo terminaria no próximo dia 20 de novembro, mas agora se estenderá até 20 de fevereiro. Requerimento nesse sentido foi apresentado pelo presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), em reunião nesta terça.

- Nosso objetivo é garantir que haja tempo hábil para o julgamento de todos os processos - disse Izar.

Os integrantes do Conselho de Ética também aprovaram a lista de testemunhas que deverão ser ouvidas nos processos relatados pelos deputados Nelson Marquezelli (PTB-SP), Anselmo (PT-RO), Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). As principais testemunhas convidadas, e que constam de todos os processos, são o empresário Luiz Antonio Vedoin, seu pai, Darci Vedoin e a ex-funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino.

Os três são considerados essenciais no esclarecimento da culpabilidade ou não dos acusados. Eles deverão ser ouvidos apenas uma vez pelo conselho e o depoimento servirá para todos os processos. Ricardo Izar acredita que o conselho poderá ouvi-los nas próximas semanas.

Uma nova reunião, já com o propósito de ouvir testemunhas, foi marcada para a quarta-feira da semana que vem. No entanto, como o Conselho de Ética não tem o poder de convocação, não está garantido o comparecimento das testemunhas.

- Ouvi-las é interesse de todos, inclusive dos acusados e até das próprias testemunhas. Dessa forma, creio que elas comparecerão - prevê Ricardo Izar.

Considerando a hipótese do não comparecimento, o presidente do conselho requisitou à Polícia Federal os diversos depoimentos que constam dos inquéritos em curso.

Na reunião desta terça, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) foi nomeado pelo presidente do conselho para providenciar a defesa do deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), um dos 67 deputados acusados de participar do esquema de corrupção e que não apresentou defesa prévia por escrito dentro do prazo.

Até agora, 32 deputados entregaram a defesa. Termina nesta terça o prazo para que outros 33 parlamentares apresentem suas defesas. Se eles não o fizerem, o presidente do conselho indicará parlamentares não integrantes do colegiado para atuar como defensores. Na próxima semana, encerra-se o prazo para apresentação da defesa prévia do último deputado notificado, Wellington Fagundes (PL-MT).

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