O Conselho de Ética do Senado recebeu representação do PMDB contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Assinada pela presidente em exercício do partido, deputada Íris de Araújo (GO) a pedido da cúpula da legenda no Senado, a representação acusa o tucano de quebra do decoro parlamentar. A representação não foi surpresa para Virgílio, que tinha sido avisado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), de que seu partido não perdoaria o fato de o PSDB ter levado o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ao Conselho de Ética.

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De acordo com a acusação, um servidor do gabinete de Virgílio ficou 13 meses estudando na Espanha com os salários pagos pelo Senado. Em consequência da denúncia, o líder do PSDB está devolvendo ao Senado, parceladamente, um total de R$ 210 mil. Virgílio é um dos senadores que mais pressionam pela renúncia de Sarney à presidência da Casa. Na terça-feira (4), em plenário, ele aconselhou o peemedebista a "casar com a biografia" e disse mais uma vez que Sarney faria melhor se optasse por deixar o cargo.

Sarney é acusado de responsabilidade pela contratação de aliados e parentes por meio de atos secretos e de desvio de dinheiro destinado pela Petrobras à Fundação José Sarney e distribuído para empresas fantasmas e da família dele. Ele é alvo de 11 ações no Conselho de Ética do Senado, cinco representações e seis denúncias. O colegiado vai se reunir hoje para analisar as primeiras ações. Sarney também anunciou que fará hoje um discurso sobre a crise política no Senado.

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