Por dez votos a sete, o Conselho de Ética da Câmara Federal rejeitou ontem a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). A maioria dos integrantes do colegiado entendeu que o deputado tem o direito de expressar a sua opinião e votou contra o relatório de Sérgio Brito (PSC-BA), que pedia a abertura do processo.
Durante a sessão, Bolsonaro trocou acusações com Jean Wyllys (PSol-RJ) e Chico Alencar (PSol-RJ). Wyllys disse que Bolsonaro usou da homofobia, que não é crime, para justificar o crime de racismo.
A representação contra Bolsonaro, de autoria do PSol, diz que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, em março passado. Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".
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