O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (21), por 12 votos a 3, relatório que pedia a cassação do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), suspeito de envolvimento ilegal com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar um esquema de corrupção. O relatório do deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), que recomendava a cassação de Leréia, foi rejeitado, e o caso não vai mais para o plenário da Câmara.

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Com a decisão do Conselho de Ética, um novo relator, o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), foi designado. Agora caberá a ele decidir se pedirá o arquivamento definitivo do caso ou se proporá a adoção de penas alternativas, como suspensão do mandato.

O pedido de cassação teve como base um relatório produzido, ainda em 2012, pelo deputado Jerônimo Georgen (PP-RS). Esse relatório foi apresentado à corregedoria da Casa, e citava uma suposta relação do deputado com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Temos como grave o fato de ele ter alertado o Carlos Cachoeira da investigação policial que estava em trânsito. É sócio de uma aeronave, utilizava o telefone de propriedade do senhor Carlos Cachoeira, mais de cem ligações envolvendo o nome dele na questão que envolve destinação de verbas ilegal", afirmou Georgen.

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A decisão de fazer o pedido ocorreu após a CPI do Cachoeira aprovar um relatório de apenas duas páginas em que não responsabiliza ninguém pelo escândalo envolvendo o grupo ligado a Cachoeira.Com a rejeição do pedido de cassação, o caso de Leréia se junta a outros três que tinham como alvos os deputados Sandes Junior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). Todos foram arquivados.

Todos os quatro deputados são citados nas investigações feitas pela Polícia Federal que culminaram na prisão de Cachoeira, no ano passado.