O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse nesta quarta-feira (7) que o Conselho de Ética está tendo dificuldades para notificar o deputado André Vargas (sem partido-PR) sobre o processo que corre contra ele no órgão.
Segundo Delgado, desde a quarta-feira passada, quando o parecer preliminar para dar andamento às investigações de quebra de decoro contra o deputado foi aprovado, foram feitas duas tentativas, sem sucesso, de notificá-lo do processo. A terceira tentativa, com dia e hora marcada, será feita na próxima segunda-feira, e se o deputado continuar sem assinar, o Conselho recorrerá à notificação via Diário Oficial da Câmara.
"Ficou muito claro que a tática do André Vargas é protelar e levar a sangria para a campanha. O parecer foi aprovado na quarta-feira e ele não respondeu às duas primeiras tentativas de notificação. Assim que for notificado, começa a correr o prazo de 10 dias para que ele apresente a defesa e as testemunhas de defesa que irá arrolar", criticou Delgado.
O Conselho também deverá receber ainda essa semana representação do PSOL contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), que assim como André Vargas é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso da Operação Lava-Jato da Polícia Federal. O deputado Chico Alencar (PSOl-RJ) disse que apesar de já haver uma sindicância contra Argôlo na Corregedoria Geral da Câmara, as novas denúncias contra ele levaram o partido a representar direto no Conselho de Ética. "São muitas denúncias. As argolas do Argôlo podem dar em algemas", ironizou Alencar.
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