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Mesa do Senado "congela" sexta acusação contra Renan

A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta terça-feira (23) paralisar a representação apresentada pelo PSOL, na semana passada, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e arquivou a denúncia, também do PSOL, contra Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Leia matéria completa

Servidores preparam gabinete para chegada de Renan

Após dez dias de afastamento por motivos médicos, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é aguardado com expectativa pelos servidores do gabinete. Desde as primeiras horas da manhã, a porta da sala em que Renan despacha está aberta e a mesa está pronta para o senador despachar. Leia matéria completa

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha, confirmou na tarde desta terça-feira (13) que serão apresentados nesta quarta-feira (14) os relatórios de duas representações contra Renan Calheiros (PMDB-AL). "Amanhã, votaremos as representações dois e três. Sobre a de número quatro ainda não tenho certeza. As outras estão confirmadas", disse Quintanilha ao G1.

No primeiro processo, relatado pelo senador João Pedro (PT-AM), Renan é acusado de tráfico de influência para facilitar a instalação da cervejaria Schincariol em Alagoas. Ele, de acordo com a denúncia apresentada pelo PSOL, teria intercedido junto ao INSS para que a cervejaria tivesse o 'perdão' em uma dívida de R$100 milhões com a Previdência Social.

O senador petista realizou inúmeras diligências nos últimos dias junto a Schincariol, a Receita Federal e acompanhou investigações conduzidas pela Câmara sobre o irmão de Renan, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

O deputado José Carlos Araújo (PR-BA) recomendou nesta terça-feira o arquivamento do processo por quebra de decoro contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do senador Renan Calheiros, no Conselho de Ética da Câmara.

Rádio e jornal

O relator da representação número três, impetrada pelo Democratas e pelo PSDB, contra Renan Calheiros, senador Jefferson Péres (PDT-AM), disse nesta terça-feira que há indícios de quebra de decoro de Renan, mas não quis antecipar se tais suspeitas são suficientes para que ele peça a cassação do parlamentar.

No episódio, Renan é acusado de firmar sociedade por meio de laranjas em emissoras de rádio e em um jornal no estado de Alagoas. Ele nega as acusações.

"Que há indícios, isso é indiscutível. Agora, tenho que ver se são fortes ou fracos. O depoimento [desta terça-feira] foi produtivo. Agora, só falta a conclusão", disse Péres.O relator informou que o depoimento mais importante foi de Nazário Pimentel, ex-proprietário de "O Jornal", veículo de comunicação de Alagoas, de propriedade de João Lyra e que teria sido comprado, segundo a denúncia, em sociedade com Renan.

Pimentel argumenta que vendeu a sua parte no jornal, em 1999, para o usineiro João Lyra, que acusa Renan Calheiros de ter parte na sociedade.

Representação quatro

O relator da representação número quatro, Almeida Lima (PMDB-SE), não deve apresentar o parecer sobre a denúncia de que Renan comandaria um esquema de arrecadação ilegal de recursos em ministérios comandados pelo PMDB.

Outra denúncia, apresentada pelo Democratas e pelo PSDB, e que sequer tem relator, trata da suposta participação do presidente licenciado do Senado em um esquema de espionagem de colegas de oposição, favoráveis a cassação do mandato.

Em caso de pedido de vista, as votações devem ficar para a próxima semana. O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse que pretende votar a matéria no plenário no próximo dia 22.

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