O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu encaminhar representação ao Ministério Público Estadual (MP) contra o promotor de Justiça e secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, pedindo que seja apurada suposta prática de improbidade administrativa. Segundo o conselho, o MP deve entrar com ação judicial para que consiga que o secretário saia do Poder Executivo, além de dar continuidade ao processo disciplinar administrativo já em andamento.

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Por uma resolução do CNMP, todos os membros do Ministério Público que estivessem em cargos do Poder Executivo deveriam voltar para a função de origem no primeiro dia deste ano. Delazari não acatou a resolução, mesmo após o CNMP ter referendado, no mês passado, uma liminar do conselheiro Hugo Cavalcanti determinando o afastamento imediato de Delazari do cargo na Secretaria de Segurança. A Procuradoria-Geral de Justiça do Paraná já determinou o retorno de Delazari às funções de promotor.

Cavalcanti argumenta na representação aprovada pelo plenário do CNMP, que Delazari está praticando ato de improbidade ao negar cumprimento à ordem de afastamento. O conselheiro foi o relator dos três processos sobre o caso no CNMP. Na semana passada, o Tribunal de Justiça cassou liminar que concedia licença ao promotor do MP.

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O advogado de Delazari, Guilherme Gonçalves, diz que o CNMP está violando o princípio do processo legal e do juiz natural, que, pelo argumento dele, é o MP paranaense. "Há um excesso interpretativo por parte do CNMP. Não há improbidade administrativa. Existe uma controvérsia jurídica sobre a matéria. Não pode alguém ser julgado por improbidade administrativa por estar lutando pelos seus direitos. E não há posição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria", diz o advogado. Delazari tenta um mandado de segurança no STF para manter-se como secretário de estado.