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Diante das evidências de que Antônio Palocci perdeu as condições de permanecer na Fazenda, o governo tenta estabelecer uma negociação política para evitar que, tão logo deixe o cargo, o ministro seja admoestado pela polícia e pelo Ministério Público paulistas. Contagem regressiva – Até a semana passada, no entanto, estava firmada na polícia paulista a convicção de que Palocci não escapará, pelo menos, de um pedido de indiciamento. Paralelo literário – Um ministro do STF comparou o caseiro Nildo ao moleiro de Sans-Souci, personagem de um conto clássico do século 18 que, diante da ameaça de ter um moinho tomado à força pelo rei da Prússia, teria respondido: "Ainda há juízes em Berlim!". Anteparo legal – "A truculência do rei da Prússia é semelhante à do titular da Fazenda", diz o ministro do STF, que acredita que o Judiciário irá coibir as "arbitrariedades" praticadas contra o caseiro. Chamando às falas – Para reagir à surra que vem levando na CPI dos Bingos, o governo estuda dar um aperto no senador Magno Malta (PL-ES). Ameaça tomar-lhe os cargos na seção capixaba do Dnit se continuar votando com a oposição. Big Brother – Renan Calheiros (PMDB-AL) inquiriu a Polícia do Senado sobre quantas são as câmeras de segurança instaladas na Casa. Quer saber também o que é vigiado pela segurança e quais os critérios usados para a disposição dos equipamentos. Termômetro – João Paulo Cunha (PT-SP) pediu ajuda a senadores na semana passada para as conversas com os partidos para evitar sua cassação. Nas conversas, ouviu que a oposição deverá fazer de seu caso um cavalo de batalha.

Acesso restrito – Os delegados da Polícia Federal no caso Duda Mendonça reclamam que estão alijados das investigações sobre as novas contas do marqueteiro. Acusam a Procuradoria-Geral da República e o Departamento de Recuperação de Ativos, ligado ao Ministério da Justiça, pelo boicote. Barrados no baile – Ofícios da PF com pedidos de informações sobre o caso Duda estão sendo ignorados. Um dos delegados foi chamado, e depois desconvidado, para uma teleconferência com autoridades norte-americanas sobre o caso. As nascentes – Além do Banco do Brasil, por meio do contrato da Visanet, as fontes de recursos do valerioduto que constarão do relatório final da CPI dos Correios são Brasil Telecom e Usiminas. Dança das cadeiras – À caça de votos caso precise derrubar o parecer de Osmar Serraglio (PMDB-PR), o governo estuda substituir o sub-relator Carlos Willian (PTC-MG), ligado a Garotinho, por um governista do PMDB na CPI. Malas cheias – Assessores do prefeito César Maia acabam de voltar do Canadá, onde fizeram um "estudo de caso" da última eleição. O governo liberal perdeu para o Partido Conservador depois de denúncias de corrupção em agências de publicidade. Lição de casa – Depois do pico das denúncias, o governo esboçou uma recuperação nas pesquisas, mas, com o "recall" da crise, foi derrotado. Geraldo Alckmin recebeu de Maia o resultado da prospecção. Prato frio – Gilberto Natalini (Participação e Parceria) deixará a prefeitura para voltar à Câmara paulistana, empurrando para a suplência Tião Farias, o "covista" que trabalhou muito para Alckmin na disputa com Serra.

TIROTEIO

* Do deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), sobre o encerramento da CPI dos Correios:

– Espero que o PT tenha se contentando com o balé-solo da deputada Ângela Guadagnin e não queira transformar seu time na CPI em corpo de baile.

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