Empresas de construção civil, um banco e um frigorífico foram os maiores doadores individuais dos candidatos que disputaram o segundo turno das eleições deste ano para a Presidência da República. Os candidatos entregaram nesta terça-feira (30) a prestação final de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Quando consideradas apenas as construtoras, a campanha de Dilma recebeu mais de R$ 20 milhões de apenas cinco empresas do setor. O comitê de José Serra também contabilizou doações de pelo menos R$ 10 milhões de construtoras.

O relatório apresentado pela presidente eleita mostra que a maior doação individual da campanha petista foi feita pelo grupo JBS/Friboi (R$ 10 milhões, o maior produtor e exportador de proteína animal do mundo. A segunda maior contribuição foi da construtora Camargo Corrêa (R$ 8,5 milhões), seguida pela Andrade Gutierrez (R$ 5,1 milhões), UTC Engenharia (R$ 5 milhões) e Itaú Unibanco (R$ 4 milhões).

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De acordo com o relatório de contas do Comitê Financeiro do PT, dos R$ 148,8 milhões arrecadados pela campanha petista, R$ 113,6 milhões foram contribuições de empresas. As doações pela internet – novidade nas eleições deste ano – chegaram a R$ 174,5 mil. A relação de doadores do PT mostra várias contribuições via cartão de crédito de valores pequenos e até simbólicos, com diversas doações de R$ 13 (o número do partido).

A lista de doadores da campanha tucana mostra que a maior contribuição recebida por José Serra foi feita pelo Itaú Unibanco (R$ 4 milhões), seguido pelas doações da construtora Camargo Corrêa, JBS/Friboi e Cutrale, que doaram cada um R$ 3 milhões. O tucano recebeu ainda R$ 1 milhão do empresário Eike Batista, que contribuiu com a mesma quantia para a campanha de Dilma.

As doações de empresas para o Comitê Financeiro do PSDB somaram R$ 73,6 milhões. Do total usado na campanha, R$ 33,1 milhões foram de recursos do próprio partido. O PSDB não declarou ter recebido doações via internet.

A campanha de Dilma arrecadou R$ 28,8 milhões a mais que a de Serra. A receita dos petistas foi de R$ 148,8 milhões, e a dos tucanos chegou a R$ 120 milhões. Apesar do volume arrecadado, as duas campanhas fecharam no vermelho.

Segundo o comitê financeiro da campanha petista, a presidente eleita terminou a disputa com uma dívida de R$ 27,7 milhões. Já o candidato tucano fechou as contas de campanha com déficit de R$ 9,65 milhões, de acordo com o comitê financeiro.

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Despesas

A produção de programas de rádio, televisão ou vídeo foi responsável pelos maiores gastos das campanhas de Dilma e Serra. A candidata petista investiu R$ 39 milhões na campanha em rádio e televisão, enquanto Serra gastou R$ 34,8 milhões. Materiais impressos de publicidade geraram despesas de R$ 26 milhões para os petistas e de R$ 13,7 milhões para a campanha tucana.

A despesa de cada campanha para realizar eventos de promoção dos candidatos variou bastante. O comitê de Dilma Rousseff declarou gastos de R$ 11,7 milhões na organização desse tipo de evento, enquanto Serra declarou o emprego de R$ 2,3 milhões.