Brasília (Folhapress) – A CPI dos Correios recebeu um documento que comprova que a tese de que Marcos Valério Fernandes de Souza fez empréstimos de R$ 55 milhões ao PT é falsa. A versão foi montada em conjunto pelo empresário e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares na tentativa de explicar os repasses de recursos para parlamentares e diretórios regionais do PT.

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A contabilidade das empresas SMPB e DNA, de Marcos Valério, de 2003, 2004 e 2005, apreendida pela Polícia Federal, não aponta os empréstimos. O sub-relator da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), disse ter informações de que Valério já pediu a correção dos documentos contábeis.

Porém, se a mudança for feita, o deputado adianta que Valério incorrerá em crime. "Ele vai ser vítima da sua esperteza’’, disse. Se a alteração for feita e o contador das empresas, Marco Aurélio Prata, incluir os dados dos empréstimos, estará configurada uma espécie de agiotagem na opinião de Fruet.

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"Se ele retificar, será fraude contra o sistema financeiro porque ele, como empresa, não pode emprestar dinheiro’’, afirmou. A tese que prevalece nas investigações da CPI diz que os empréstimos camuflavam o repasse de dinheiro público pelos contratos que Valério tinha com estatais para o PT. Desde já, o deputado diz haver indícios de crime de corrupção, contra o sistema financeiro e falsidade ideológica.

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza contestou, por intermédio de sua assessoria, a informação de que a contabilidade de suas empresas SMPB e DNA desmontariam a tese de que os empréstimos feitos por ele no Banco Rural e no BMG foram repassados ao PT.

Registros

"Na documentação completa, abrangendo o período de 2001 a 2005, estão corretamente registradas todas as operações referentes aos empréstimos feitos ao Partido dos Trabalhadores a pedido do ex-tesoureiro Delúbio Soares", afirmou o empresário na nota.

"Mais uma vez, o deputado Gustavo Fruet (...) se equivoca em suas declarações à imprensa. O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza não solicitou a realização de qualquer correção nos documentos contábeis das agências SMPB e DNA, que já foram entregues à Receita Federal, à Procuradoria-Geral da República, à Polícia Federal e à própria CPMI dos Correios", informou a nota da assessoria de Valério.

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