Advogado do contador Aroldo Adam Júnior, Edson Morais Piovezan alega que seu cliente foi coagido pelos auditores a colaborar com o esquema. De acordo com ele, seu cliente admitiu ter sido um “elo” no pagamento de propinas, mas teria feito isso para preservar a empresa de Adílio Benitez e que não se beneficiou do esquema. “O empresário foi coagido. É como um bandido com um revólver na cabeça da vítima: ou repassava o dinheiro, ou a empresa seria fechada”, afirma Piovezan. De acordo com o advogado, a conta do auditor teria sido usada para fazer os repasses, para “evitar rastros” que ligassem o empresário aos auditores.
Piovezan destaca também que o Ministério Público pediu à Justiça a redução ou perdão da pena do seu cliente, caso ele siga colaborando.
Já o contador Rogério Spinardi declarou que não tem “nada a ver com isso”, e que a denúncia foi um “equívoco” do Gaeco.
Advogada de Jorge de Oliveira Santos, Louise Mattar Assad disse que não teve acesso às provas e preferiu não se manifestar sobre a acusação. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Valdes Ricanelli.
A Receita Estadual informou não ter sido informada da denúncia, mas que tomará as “medidas cabíveis” quando isso acontecer.