Favoráveis à votação da urgência do projeto de decreto legislativo que visa barrar os conselhos populares criados via decreto pela presidente Dilma Rousseff, cinco partidos obstruíram na noite de ontem a votação na Câmara dos Deputados do projeto que visa regulamentar o direito de resposta. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), revelou aos parlamentares que está negociando com o governo a revogação do decreto e o envio ao Congresso de um projeto de lei substituindo a proposta do Executivo.
Na tentativa de convencer DEM, PSDB, PSD, SDD e PPS a deixarem a obstrução, Alves ameaçou colocar em votação hoje o decreto legislativo proposto pelo líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), caso não fosse revogado o decreto presidencial. "Se até amanhã [hoje] o governo não tiver revogado, vamos colocar sim em pauta [a urgência]", declarou Alves em plenário. Mesmo com a promessa do presidente da Casa, a obstrução e a falta de quórum derrubaram a única sessão deliberativa da semana.
Já o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), propôs que o ministro Gilberto Carvalho, viesse ao Congresso explicar o teor do decreto.
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